Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

28.1.04

Filosofia da/na Educação

Apesar de chegados há pouco tempo à "blogosfera", comentários têm sido já feitos à nossa pretensão e ideias veiculadas.

A primeira consideração diz respeito ao termo "educação accionária" e a tudo o que dele se infere; um ensino/educação pela acção pessoal de cada docente naquilo que ele tem de mais puro – as suas mais profundas convicções e vocações – operacionalizadas na e pela tolerância da alteridade que se nos perfila. A constatação óbvia de que esse esforço, inicial, deve ser feito por cada um dos actantes educativos e, posteriormente, confrontado pela tensão dialéctica junto dos demais (convenhamos o seguinte: este passo implica que se tenha já ultrapassado o mero plano da técnica inerente às disciplinas leccionadas; acredita-se que se passe gradualmente da esfera transdisciplinar para um caleidoscópio educativo transversal).
As nossas considerações, assim expostas de forma breve, clarificam que para se ser accionário não se pode caminhar pessoal, profissional, social e educativamente ao ritmo de programas propostos e definidos por um organismo estatal (devendo ser ele, contudo, a regulá-lo), mas antes ter um organismo claramente concebido de e para os docentes (os sindicatos, tendo tido embora ao longo dos anos um papel francamente positivo na ajuda aos e na dignificação dos profissionais da educação, por divisões ideológicas, não podem almejar a ser esse organismo). Pelo que se percebe uma Ordem de professores urge criar; uma entidade que permita que os docentes deixem de actuar tangencialmente nas escolas e o passem a fazer a partir de múltiplas secantes, integrando, desta forma, os diversos microgrupos existentes.
Tarefa difícil e excessivamente teórica? A resposta é negativa e nem teria que se modificar muito a estrutura da formação de professores: as Ciências da Educação (todas as disciplinas que ela em si amarra) deveriam ver-se despojadas da Psicologia (que não é ciência, nem é séria!) e permitir que seja a FILOSOFIA o ponto de partida e mediação do acto educativo.