Sophia
estas mãos que já tocaram no mar
estas mãos marinheiras
se levantam resignadas no cansaço
se olham no dia de ontem em que foram água
estas mãos que já amaram o mar
estas mãos amadoras
se estendem preguiçosamente
se delimitam um espaço de vento
estas mãos que velejaram no mar
estas mãos possuidoras
se investem de poder viril
se permitem a loucura
estas mãos que já viveram no mar
estas mãos férteis
se prolongam erraticamente
se abandonam à devoção
estas mãos que são do mar
estas mãos faróis
se dizem de um sorriso de algas castas
se querem enfim costa amena
estas mãos que já partiram sedentas
estas mãos humanas
se permitem o arrojo no infinito
se abarcam o conhecimento de galáxias
numa praia irredentista
estas mãos são as nossas
rjb 24/07/2000
estas mãos marinheiras
se levantam resignadas no cansaço
se olham no dia de ontem em que foram água
estas mãos que já amaram o mar
estas mãos amadoras
se estendem preguiçosamente
se delimitam um espaço de vento
estas mãos que velejaram no mar
estas mãos possuidoras
se investem de poder viril
se permitem a loucura
estas mãos que já viveram no mar
estas mãos férteis
se prolongam erraticamente
se abandonam à devoção
estas mãos que são do mar
estas mãos faróis
se dizem de um sorriso de algas castas
se querem enfim costa amena
estas mãos que já partiram sedentas
estas mãos humanas
se permitem o arrojo no infinito
se abarcam o conhecimento de galáxias
numa praia irredentista
estas mãos são as nossas
rjb 24/07/2000
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