Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

5.10.05

Das notícias (de ontem e de hoje)

1) O Presidente da República começa a ter um índice de erros e de falhas preocupante: ontem comemorou, prentensamente, o DIA MUNDIAL DO PROFESSOR. A antecipação serviu apenas para legitimar o aparato proto-pedagógico em torno dos alunos (o insucesso escolar será sempre culpa dos docente e nunca dos discentes, seus encarregados de educação e ME) e fazer a apologia das medidas governamentais para a certificação de competências (formação profissional e não profissionalizante).
2) O Presidente da República ao não ter comemorado o dia da República na Câmara Municipal de Lisboa, sob a defesa de que não se queria intrometer em questões autárquicas (?), mais não fez do que o seu contrário: deixou que emergisse a mais vil hipocrisia - Carrilho a cumprimentar efusivamente o fututro vencedor da Câmara da capital, atraindo a si as câmaras televisivas (infelizmente, a comunicação social preocupa-se apenas com o aparato e não com a essência; têm que ser os jornalistas a decidir o que querem cobrir, não correr atrás de um candidato só porque este quer limpar a sua imagem) -, e a mais gritante falta de valores éticos, morais e, por que não?, republicanos.
3) O Primeiro-Ministro, confrontado com a contestação social generalizada, disse estar à espera de mais (!); a resposta arrogante, obstinada, prepotente e cínica era esperada. Não se esperaria que dissesse, ou reconhecesse, que as pessoas têm direito a manifestar-se e a fazer greve, depois de termos assistido à negação continuada desse direito.
4) O melhor da campanha autárquica: Maria José Nogueira Pinto em viagem de Lisboa até à Ota; 1h10mn de viagem por 40€. Continua-se à espera dos estudos de impacto ambiental e viabilidade económica, acessibilidades, etc.
O pior da campanha autárquica: Francisco Louçã no combate aos "bandidos" quando ele próprio tem como candidato Teodósio Alcobia, condenado no processo FUP/FP 25 de Abril (notícia via Blasfémias) à junta de freguesia de Agualva, Sintra.
5) O endividamento português não pára de aumentar? Exija-se o pagamento imediato da dívida angolala (o boeing de José Eduardo dos Santos até podia ser entregue à TAP para renovação da frota) e moçambicana.
6) O sumaríssimo instaurado pelaComissão da Liga de Futebol a Petit é o reflexo do incómodo que o Benfica provoca nos seus mais directos adversários, com o FCP à cabeça. O desatino e a ousadia é tanta que se pune o jogador antes de um Porto-Benfica, incendiando desde já o jogo e desviando as atenções do que é realmente importante: a competição desportiva. Petit cometeu falta e devia ter sido sancionado; o adversário, um tal de Targino, deveria ser irradiado da prática desportiva, por ter agido às margens do bom-senso e ética desportiva, contra Petit e Ricardo Rocha. (A diferença é que Petit, já sem força nas pernas, jogou no limite do aceitável para impedir que o adversário prosseguisse a jogada; aceitou a falta, ouviu a repreensão do árbitro e desinteressou-se da jogada. O adversário, depois de uma falta medianamente grave o pisou. É próprio dos covardes agirem assim.)
O jogador do Marítimo deveria receber uma condecoração por ter escarrado em Ricardo Costa, do FCP, o que até foi pouco, depois daquele jogador do Norte ter passado o tempo todo com picardias, insultos e provocações; não há homem que aguente tanto em tão pouco tempo. Mas disso, os jornais nada falam, manietados certamente, nem se apercebem do excelente pupilo que Ricardo Costa é, nem do mestre que o formou, um tal de Jorge Costa. Escandalosa a forma como o Marítimo foi "roubado", mas a isso já vamos estando habituados.
6a) Diz Filipe Vieira: "vamos ser campeões, haja o que ser". Pois claro.