Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

9.2.04

Coito na Educação Sexual

São muito estranhas e inquietantes as posições políticas dos diversos partidos da nossa república. Depois do aborto, o PSR exige isto, a propósito disto e disto. E assim se vai preenchendo a agenda dos media...
Parece-me bem que o Governo pretenda instaurar uma verdadeira política educativa relativamente à Educação Sexual, mas... distribuir preservativos nas escolas? Colocam-se imediatamente diversas questões: a que preços?, onde? (à entrada ou à saída da cantina?), quem fornece?, grandes ou pequenos?, de sabores? onde se utilizam?, com quem?... Pois é.
A polémica não é nova, veja-se este texto, leia-se o decreto e pondere-se esta entrevista.

Não temos culpa das tibiezas de um governo solidário com mulheres que abortaram, mas incapaz de despenalizar a lei do aborto (só para marcar posição face à oposição); não têm culpa também os alunos/estudantes que são estupidamente manietados por jovens politiqueiros e professores "muita avançados" que não pensam antes de se lançar neste abismo temático; têm culpa os professores por não serem irredutíveis numa posição firme de repúdio pela experimentação excessiva e maiores culpados são ainda os pais (encarregados de educação) por não tomarem posição sobre uma das áreas também fulcrar da educação dos seus filhos.
Sou professor, mas no dia em que a escola em que trabalhar tiver máquina de venda de preservatidos saberei, então, que não há já remédio para a Educação do País.
Felizmente, repito, felizmente, que ainda há agentes governamentais sóbrios e com bom senso, como é o caso Mariana Cascais, secretária de Estado da Educação. Bem haja!
(sei que vem uma entrevista sua no DN, mas ainda não consegui aceder-lhe on-line; se souber o endereço, por favor replique-o. Obrigado.)