Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

10.2.04

Salgueiro Maia ou a falta de educação de Paulo Pedroso

Tenho por hábito ler diversos jornais (generalistas) por dia. Num desses jornais, Paulo Pedroso costuma semanalmente escrever...banalidades e incorrecções.
Não pretendendo corrigir o ilustre sociólogo, fica desde já o reparo: o verdadeiro dia da Liberdade é a 25 de Novembro e não, como soe dizer-se, de Abril; e sim, o PP - causa-me transtorno com eles concordar - tem razão no que diz sobre Mário Soares (poderiam era também dizer algumas verdades sobre Almeids Santos).
Mas o facto de Paulo Pedroso escrever (vendo-o como representante de um determinado naipe social) o que escreve, como escreve e sobre o que escreve, leva-me a pensar que o problema dos professores desempregados está resolvido. Acompanhe-me o raciocínio: um professor de Português podia ajudá-lo a melhorar a sua forma de redacção e a variar o vocabulário; um professor de História poderia, de facto, ajudá-lo a saber e a compreender a história de Portugal, sem fantasias ideológicas; a haver uma dimensão curricular mais abrangente no ensino de cidadania, como preconiza Mariana Cascais, poderia aprender que quando se é acusado de um crime, ou vários (há sempre a reserva de que é inocente até prova em contrário!), se está em prisão preventiva e, subitamente, se vê dela libertado, incriminado embora, não se deve dar festas na Assembleia da República, auto-vitimizando-se e aceitando que se compare aos presos da PIDE: é um acto de sobriedade moral e positividade republicana e democrática que se exigue a um interventor público.
Enfim, pobre Salgueiro Maia que anda a ser insultado só porque cumpria ordens.