Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

29.3.04

Bullying, indisciplina e violência

Desde a faculdade que venho reiterando junto de colegas a importância semântica dos vocábulos violência e indisciplina, por me parecer que são distintos e não completamente convergentes nas escolas.
Sendo certo que é possível atribuir definições pragmáticas a cada uma delas, não menos verdade é que podemos evitar confusões se apriori considerarmos que indisciplina é inerente à condição pedagógica diária (dentro da sala de aula) e violência um fenómeno socialmente observável.
No período imediatamente anterior ao meu estágio pedagógico, li diversos relatórios de docentes relativos a expulsões ou meros relatos de indisciplina a que chamavam, arbitrariamente, violência.

Perante isto, e a óbvia chamada de atenção de que deve haver uniformidade de acepções quando nos referimos a estes fenómenos, despertou-me imenso interesse a entrevista de Bárbara Wong a Carlos Neto, catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da UTL relativa ao estudo do bullying.
o Bullyin "acontece entre pares, são acções negativas com a intenção de magoar ou provocar desconforto, repetidamente, ao longo do tempo".
A entrevista é do pretérito sábado, dia 27, e, mais do que explicar o bullying e o seu estudo, há implicitamente o repto lançado de se repensar o recreio, a sua relação didáctica e integradora.
A morada do público é conhecida; deixo aqui o caminho para a página profissional de Carlos Neto e duas ligações para páginas inglesas que explicam e estudam este fenómeno: recomendo esta página para verdadeiros interessados (pais/docentes) e esta pode ser vista se se tem pressa em saber alguma coisa sobre o assunto.