O adiantamento mental
Nós, professores, sabemos que não basta definir objectivos ou competências (mínimas) a atingir pelos discentes. Importa, sobretudo, planificar, prevendo etapas de ensino graduais e comulativas. Não basta dizer, por exemplo, neste período quero que os meus alunos aprendam a utilizar em FLE preposições que indicam localização geográfica ou que se utilizam com meios de transporte. É necessário proporcionar-lhes exemplos e exercícios (de completamento, inferição de regras, etc).
Nós, professores, já percebemos que o Governo do Sr. Sócrates não tem, especialmente para a Educação, planificação rigorosa, estudada, ponderada, séria e criteriosa. É sobretudo um programa molotof, com muito volume, sem nenhum conteúdo. Lança-se para o futuro sem considerar o passado que nos cerca, o presente onde a acção se deve fazer.
Nós, professores, já percebemos que o Governo do Sr. Sócrates não tem, especialmente para a Educação, planificação rigorosa, estudada, ponderada, séria e criteriosa. É sobretudo um programa molotof, com muito volume, sem nenhum conteúdo. Lança-se para o futuro sem considerar o passado que nos cerca, o presente onde a acção se deve fazer.
As escolas primárias passam a fechar as 5.30? A quem serve isso? Aos alunos? Aos pais? Ao curriculum aplicado e imposto?
A partir deste ano, há oferta educativa de uma única língua estrangeira, o Inglês, e é isso que vai tornar o país no futuro, Sócrates dixit, mais competitivo? Sabia vossa Excelência que a língua inglesa é mínima na estruturação mental de qualquer falante, por não ter uma base flexionável desenvolvida e por o seu léxico-gramática ser bauhausiano? Por apelar apenas à memorização e não ao raciocínio? Pois não deve saber. A imposição por quê? Por que não o francês, o neerlandês, o chinês ou o checo? E por que não mesmo o Latim!?
Crê vossa excelência que a competitividade se faz abandonando o Sistema Educativo português, de acordo com uma lógica economicista, a única que o senhor conhece!, apostando no Ensino Profissional e a si chamando adolescentes que deveriam estar no ensino público? Será isto a admissão de que a Educação em Portugal faliu, não sabendo lidar com casos "problemáticos"?
As escolas profissionais oferecem equivalência ao 9º e 12º anos, inflacionando notas, pouco educando na cidadania, e recebem, sobretudo, dinheiro da União Europeia... começa a estar explicado como poupar na Educação.
Mas... que país, que profissionais e que Educação no futuro?
Nótula: uma professora destacada pela Ministra da Educação vai colaborar com o site Ciberdúvidas. Gostava de perguntar, e pergunto!, se houve concurso público, onde estão os resultados, ou se é um cargo de confiança política.
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