Educação accionária

Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.

7.11.05

Casseurs de esquerda e insurrectos II

Depois de um dia a aturar malucos, entre colegas e alunos, deparo-me com as iluminadas afirmações do Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio: "porque nós não queremos ver as imagens tão terríveis de Paris e de algumas cidades da França, temos que defender aquilo que é a capacidade de integração, de conviver com o outro, de termos as minorias que se possam exprimir da forma que queiram. Isso faz parte do nosso país, da nossa cultura". Confesso que estarreci e, se dúvidas houvesse para alguém, Jorge Sampaio não só é ridículo, como inconsequente e pedante. O problema não está, na nossa sociedade, na aceitação dos outros e da sua cultura e da nossa capacidade em integrá-los como nossos (co-cidadãos). O problema está, tantas e quase sempre, nos imigrantes que não se querem adequar à realidade do país que os acolhe, não se esforçam por perceber a cultura e a língua e pretendem viver entre si, sozinhos, à margem. Não querem estudar e muito menos trabalhar; mas de subsídios sabem eles! E isto passa-se porque os sucessivos governos de esquerda não souberam proporcionar-lhes essa ferramenta essencial - nos EUA, por exemplo, só se obtém a cidadania após resposta correcta a questões de história e cultura; nesse mesmo país, há associações cívicas que ministram cursos gratuitos para ajudar à passagem no exame. Os sucessivos governos de esquerda postularam sempre um discurso em que vítima era sinónimo de imigrante. Os resultados estão à vista. Os sucessivos governos de esquerda esperaram sempre que fosse a escola a educá-los na e para a cidadania; o trabalho, porém, tem que ser feito antes, geracional e sincronicamente. Não "apanhá-los" na escola, no momento da revolta e da angústia próprios da idade adolescente, que isso nada adianta.
Mas o Dr. Jorge Sampaio sempre branqueou o banditismo e os insurrectos, não foi? Não me esqueço da sua visita a bairros de imigrantes - que sucessivos governos de esquerda permitiram e incentivaram pela discriminação positiva - branqueando o "arrastão" perpretado por "jovens", provavelmente revoltados com o preço dos gelados ou dos charros.
E sobre os "jovens insurrectos" que polulam nas escolas profissionais que afrontam o trabalho e estudo dos alunos do ensino secundário ao obterem o 12º ano gratuitamente? (Ardilosa estratégia do PS para trabalhar para as estatísticas...) O Dr. Jorge Sampaio não diz nada? Pois não, não diz, porque durante estes dez anos apenas tem sido um adido político do PS.