Bullying, indisciplina e violência

Desde a faculdade que venho reiterando junto de colegas a importância semântica dos vocábulos violência e indisciplina, por me parecer que são distintos e não completamente convergentes nas escolas.
Sendo certo que é possível atribuir definições pragmáticas a cada uma delas, não menos verdade é que podemos evitar confusões se apriori considerarmos que indisciplina é inerente à condição pedagógica diária (dentro da sala de aula) e violência um fenómeno socialmente observável.
No período imediatamente anterior ao meu estágio pedagógico, li diversos relatórios de docentes relativos a expulsões ou meros relatos de indisciplina a que chamavam, arbitrariamente, violência.

Perante isto, e a óbvia chamada de atenção de que deve haver uniformidade de acepções quando nos referimos a estes fenómenos, despertou-me imenso interesse a entrevista de Bárbara Wong a Carlos Neto, catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da UTL relativa ao estudo do bullying.
o Bullyin "acontece entre pares, são acções negativas com a intenção de magoar ou provocar desconforto, repetidamente, ao longo do tempo".
A entrevista é do pretérito sábado, dia 27, e, mais do que explicar o bullying e o seu estudo, há implicitamente o repto lançado de se repensar o recreio, a sua relação didáctica e integradora.
A morada do público é conhecida; deixo aqui o caminho para a página profissional de Carlos Neto e duas ligações para páginas inglesas que explicam e estudam este fenómeno: recomendo esta página para verdadeiros interessados (pais/docentes) e esta pode ser vista se se tem pressa em saber alguma coisa sobre o assunto.

Dia Mundial do Teatro

"Educação Accionária: prémio do mais criticamente deseducativo!"

As Palavras em férias, pelos dedos da mão da sua autora, Jacky, atribuiu o prémio acima referido, na categoria "Prémios Malucos para Blogues II", a esta página!
Desde já os nossos mais sinceros e emocionados agradecimentos! Assim vale a pena blogar! Obrigado!
(vão lá ver os prémios atribuídos :-) )

"Se isto é Filosofia não quero ser filósofo"

O texto é de um aluno da UBI, curso de Filosofia, claro, e mais do que um desabafo é o espelho infeliz do estado calamitoso das nossas faculdades (incluo a FLUP, que foi a minha). Dizer só que louvo Pedro Pinho pela coragem em expor-se escrevendo o texto.
Façam-me ainda o favor de seguir este texto da Akademia e ler as restantes notícias. Bastante elucidativas sobre o estado da educação, não?

Oficinas de Escrita

A Ficções - Revista de Contos - em associação com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas tem prevista três workshops os meses que se seguem, a saber, "APRENDER A LER - OFICINAS DE ESCRITA E DE LEITURA CRÍTICA", "OFICINAS DE TRADUÇÃO LITERÁRIA" e "OFICINA DE ESCRITA NARRATIVA". As informações podem ser lidas aqui.

Dia do Estudante (pergunta dialéctica)

Se o dia de hoje está consignado ao ESTUDANTE, por que motivo os alunos dos ensinos básico e secundário insistem em manifestar-se e chamar a atenção sobre si nas salas de aula e na escola?
Se o dia de hoje está consignado ao ESTUDANTE, por que motivo os ditos estudantes insistem em manifestar-se como alunos nos anfiteatros e nas faculdades?

Fora do Mundo ou um blog literário e pessoal, aliás mais pessoal do que literário

Chegou há muitíssimo pouco tempo e já se adivinha uma referência incontornável. É o novo blog de Francisco José Viegas, Pedro Mexia e Pedro Lomba.

Presente desgraçado

Por ter estado ausente durante alguns dias, recupero agora, sofregamente, as leituras quotidianas de blogs e jornais. Quis que ela, a ausência, não me mostrasse mais "bovinidades" como a que li aqui ao lado, nas blasfémias.
Sendo certo que também me associo à preocupação e consternação de muitos que vêem no sistema educativo o pior da Europa, a começar pela escolaridade obrigatória minimal, até ao 9º ano, por bom senso e honestidade intelectual nunca poderia escrever ou pensar o que diz um tal de gabriel silva.
O texto começa por ser pertinente - pois claro, tem por fonte o jornal Público - mas... i) está mal redigido, o seu autor não conhece regras sintácticas, morfológicas e estruturação textual; ii) não é um texto de opinião, por não ser coerente nem estar dotado de argumentação sólida, sustentada e sustentável; iii) as diversas ilações que refere no post são desprovidas de sentido: quem lhe disse que "menos qualificação significa desta vasta camada da população, que um dia sairão os extremistas, que com desdém, inveja e ódio olharão para a primeira e segunda geração de emigrantes e cobiçarão o seu sucesso, o seu emprego, a sua estabilidade, o seu futuro. Que se virarão contra os “ricos”, contra os que serão livres porque terão alguma liberdade de escolha ou de opção sobre o seu próprio futuro. Que envergonhados e ressabiados se recusarão a reconhecer que os emigrantes e as pessoas com empregos qualificados serão os que suportarão a engenharia financeira necessária que lhes assegure a segurança e as políticas sociais mínimas (...)"? Qual o estudo, quais as fontes, quais as provas? iv) fala de Le Pen e da extrema direita, pelo que podemos concluir, então, que a extrema esquerda e os seus representantes do BE, cultos, formados e informados são assim "ressabiados" e invejosos por ineficácia dos "esquemas, socialmente dependentes"? v) texto ignorante, intelectualmente desonesto, desconhece as propostas das diversas associações de professores, sindicatos e ME (que, por acaso, vai alargar a obrigatoriedade do ensino já para o próximo ano lectivo de 2004-2005); vi) o senhor e os seus parceiros, especialmente um tal CAA, criticam o sistema educativo e os seus agentes pelas Ciências da Educação, sem saber (como poderiam?) o que elas são e de que forma se manifestam nesse mesmo sistema educativo (é o chamado facilitismo da acusação); vii) o senhor é um "extremista", pelo que devia imediatamente ser obrigado a estudar até ao 12º ano! viii) pasmo, por fim, com os comentários de gente de bem, professores e tudo, a aplaudir a imbecilidade de que venho falando; ix) os senhores atribuem notas a blogs, no entanto, ninguém lhes reconhece legitimidade para o fazer, embora os defendam, sempre, na/pela liberdade de escrever sem constrangimentos; x) ao autor do post em questão, recomenda-se uma boa gramática (eventualmente explicações de Português) e um manual de filosofia, para, desta forma, poder realizar um efectivo exercício de auto-medicação, perdão, meditação.

Indigência da prache na FLUP

Descobri ontem quando me desloquei àquela instituição, para assistir ao lançamento de um livro, algo de muito assombroso: a estranha "comissão de praxe" colocou à entrada um imenso cartaz, de tamanho xxl, com nomes de caloiros "proibidos de participar nas praches académicas e impedidos de participar no cortejo da queima das fitas e passar frente à tribuna".
Já se sabia que aqueles que pracham têm graves problemas de afirmação, no que resulta um grandioso desajustamento social, o qual, por sua vez, é demonstrado pelas acções emotivas incontidas e pelos lindos modelos de óculos e telemóveis.
Pela minha parte digo isto: já teria processado judicialmente os referidos indivíduos por atentado à integridade moral e física, abuso de confiança e eventuais danos patrimoniais.
Imbecilidades à parte, é este o "parque académico" que temos e queremos?

Por um rio Sabor sem barragens

Foi-me enviado um e-mail, que coloco integralmente, que penso valer a pena dois minutos de atenção. (se os links não funcionarem, fazer copy do endereço e paste no browser.)

Petição: Por um rio Sabor sem barragens!
>
http://www.ipetitions.com/campaigns/saborlivre

>
> A Plataforma Sabor Livre lançou uma petição online "por um rio Sabor
> sem barragens", dirigida ao Primeiro Ministro, Durão Barroso e ao
> Ministro do Ambiente, Amílcar Theias.
>
> O rio Sabor é considerado o último rio selvagem de Portugal devido à
> ausência de barragens ao longo dos mais de 120 km do seu percurso
> através de Trás-os-Montes, ao isolamento do seu vale e à grande
> diversidade de habitats naturais e espécies que aí ocorrem. Contudo,
> paira sobre este santuário natural o peso da possível decisão de
> construção de uma grande barragem no seu troço inferior, que
> submergiria cerca de 50% da extensão nacional do rio.
>
> Contamos com a sua ajuda subscrevendo esta petição e copiando uma
> mensagem para enviar ao Primeiro Ministro e ao Ministro do Ambiente
> em:
>
> http://www.ipetitions.com/campaigns/saborlivre/
>
> Ajude-nos também a divulgar esta petição, reenviando esta mensagem
> para os seus amigos.
>
> Para mais informações consulte:
> www.saborlivre.org
>
> Obrigado pela sua ajuda!
> Plataforma Sabor Livre
>
> A Plataforma Sabor Livre é constituída pelas associações QUERCUS -
> Associação Nacional de Conservação da Natureza, Liga para a Protecção
> da Natureza (LPN), Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens
> (FAPAS), Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
> (Geota), Associação OLHO VIVO e Sociedade Portuguesa para o Estudo das
> Aves (SPEA).
>
> Este movimento conta ainda com o apoio de: Environmental Defense e
> ADEGA, ADP Mértola, Água Triangular, ALDEIA, Amigos da Montanha,
> ANATA, A Rocha, Associação Vento Norte, Campo Aberto, CEAI, CEEA,
> Crepúsculos, Euronatura, Federación Ecolóxica Galega, GAIA, Grupo
> Flamingo, Molima, NEPA, Oikos, Projecto Palhota Viva.

Semana da Poesia em Santo Tirso -13/21

Por distracção da luminosidade crescente, desconhecia totalmente isto, que é, para mim, uma das iniciativas culturais mais meritórias. Ainda vou, vamos, a tempo.

Rosa Necessária

Ainda há gente de bem. Ainda bem. A Filipa Leal é uma dessas pessoas, porque entrevistou e publicou on-line uma entrevista a António Ramos Rosa. A leitura da entrevista tem ainda um brinde: um poema inédito.

Beneficiários de Apoios Educativos para o corrente ano civil (lista não exaustiva)

A Acção Accionária propõe apoios educativos imediatos e continuados para as seguintes personalidades/instituições:

ME(s), pela mentira dos/nos concursos e pelo assassinato educativo;
Direcções Regionais e Conselhos Executivos, pelas fraudes na colocação de docentes nas escolas;
Orientadores de estágio, pela prepotência dos seus actos e pela infeliz evidência da sua incompetência;
Professores de portugês de Montalegre, por desconhecerem os programas "reformados" da respectiva disciplina;
Associações de pais, por quererem visibilidade política;
CONFAC, por acharem que os professores servem para entreter os seus filhos;
Editoras, pelos erros científicos constantes nos manuais escolares;
Psicólogos, pela intromissão inócua nas Ciências da Educação;
Sindicatos, por defenderem apenas os seus associados e não terem uma visão de conjunto da sociedade (educativa) portuguesa;
CGTP, por, em dia de atentados em Espanha e perante o constrangimento das pessoas de bem, levar a cabo uma manifestação saudosista do totalitarismo marxista/leninista;
Morais Sarmento, por gostar de peixe e não de Cultura;
Jornal de Notícias, por, relativamente a notícias sobre Educação, escrever tudo ao contrário e sem brio profissional;
Pais com filhos deficientes que viram ser-lhes retirados os aopios monetários - pelas queixas na televisão, utilizavam-nos para fins pessoais e não para a Educação dos seus filhos;
Mãe do "menino azul", pelo triste espectáculo na televisão;
Ferro Rodrigues, pela incontinência fisiológica que demonstra perante a Democracia;
Paulo Pedroso, por estar incriminado e dar festas na AR, por só escrever disparates e gastar papel;
José Miguel Júdice, por discutir com membros do PS matérias em segredo de justiça;
PSD, pelas posições relativas ao aborto;
BE, pelas posições relativas ao aborto;
PCP, pelas posições relativas ao aborto;
Cavaco Silva, porque come com a boca aberta;
Marco António, porque quer subir a todo o custo no PSD e toma as posições mais imbecis;
Carlos Carvalhas, Carlos Carvalhas, Carlos Carvalhas, Carlos Carvalhas;
Herman José, por ser bissexual e pós-pedófilo ao mesmo tempo;
Ferro Rodrigues, por ser Ferro Rodrigues;
Deputados, por pouco trabalharem e dormirem no emprego;
AR, por ser uma casa de repouso, por ser, por vezes, tão baixa, vulgar, ordinária e intriguista como o mercado do Bolhão (ou mais);
Costa, irmão do ex-ministro do PS, Costa, por não ser um jornalista isento e imparcial, por ter "chiliques" e exageros fisiológicos perante o caso da cunha da filha do ministro, por ter "exigido" explicações a Durão Barroso, por ter dito que o governo espanhol do PP é "totalitário";
Rui Teixeira, do jornal "A Bola",por, no dia da morte de Miklos Fehér, ter insinuado que a culpa podia ser imputada a Pinto da Costa;
Orientadores de estágio, pela constante necessidade de trocarem boas avaliações pela presença engraxadora dos estagiários;
José Saramago, por ser chato, não saber redigir e não se candidatar à Presidência da República;
Miguel Sousa Tavares, por ser Miguel Sousa Tavares;
Manuel Alegre, por ser um triste poeta;
Agustina Bessa-Luís, por ser uma escritora burguesa;
Sport Lisboa e Benfica, por não saber jogar futebol;
Paulo Portas, por ser Paulo, por ser Portas, por ser do PP, por ser dirigente do PP, por ser do Governo, por ser Ministro, por ter um irmão chamado Miguel;
Miguel Portas, por ter um irmão chamado Paulo;
TAP, administração, por não saber as quatro operações matemáticas básicas;
TVI, pelas telenovelas, pela Manuela Moura Guedes, pelo Marcelo Rebelo de Sousa.
(...)

Às seguintes pessoas/instituições não devem ser ministrados apoios educativos, pois o desempenho mostrado ao longo do tempo não justifica que se diversifiquem estratégias e medidas de correcção e avaliação, com vista à obtenção de um perfil positivo. Assim sendo, estão em perfil de reprovação:

Manuela Ferreira Leite
Alberto João Jardim
Avelino Ferreira Torres
Ana Gomes
Fátima Felgueiras
Durão Barroso
BT/GNR
Odete Santos
Orientadores de estágio
Tino
Fernando Rocha
Tunas Académicas
Liga Portuguesa de Futebol
Ordem dos Advogados
Cinema Português
Ordem dos Médicos
Comissão Europeia
Algarve
Casa do DOuro
Al-Quaeda
Carlos Castro
Orientadores de estágio
Estradas portuguesas
Auto-estradas portuguesas
Praches Académicas
Marinha Portuguesa
Alberto João Jardim
Touradas
Jornalistas portugueses
Manoel de Oliveira
Orientadores de estágio

Observação: A Educação Accionária não se responsabiliza por danos morais, éticos, familiares, conjugais, patrimoniais e profissionais das pessoas envolvidas neste post, bem como dos putativos leitores.
o webmaster RJB

Abandono escolar e qualidade de ensino

Apesar das anunciadas boas intenções por parte do ME, a verdade é que continuamos desta forma.
Sobre isto, a CONFAC, que não tem vontade própria, só critica e não apresenta soluções, ou pelo menos temas para serem discutidos, pronuncia-se desta forma excessivamente simplista.
Entretanto, ainda sobre os concursos para docentes, a FNE diz isto; ainda bem! Isso significa que em Setembro ainda vou poder escolher uma escola...ou não?

Entretanto, o ministro já sabia de tudo! E o ME pelo menos desde há quatro anos. Parece-me educativamente razoável, culturalmente pertinente e profissionalmente desejável que o ensino obrigatório vá até ao 12º ano. Querer a diminuição dos 40 e muitos porcento pela via da obrigatoriedade, parece-me absurdo. Onde fica a qualidade do ensino, Senhor Ministro?

Educação multi-media

Ao contrário de Portugal que tem um canal para agradar a um ministro e nada mais, franco adepto do programa "Bom-Bordo", e um desinvestimento continuado na Cultura e na Educação, a França tem "conteúdos" educativos num canal televisivo próprio, France 5.
O site do referido canal está em manutenção, pelo que não é possível aceder a todos os itens, ainda assim vale n visitas, pois on-line estão disponiilizados programas sobre diferentes temas, foruns para docentes e acesso a diversos conteúdos multi-media (passíveis/possíveis de serem utilizados em sala de aula).
Claro que sou ingénuo ao pensar que se devia plagiar a ideia...

Einstein nasceu há 125 anos

Em português, a notícia pode ser lida aqui; para os espíritos mais relativos, este link é muito interessante, porque permite o acesso aos seus textos.

Frio congestiona departamento de português em Montalegre

Eu pensava que o recente concurso de docentes já tinha mostrado o pior que somos, mas não. Leia-se esta notícia e pasme-se. Ficam as perguntas: como é possível que o departamento de Português escolha o mesmo manual para áreas diferentes? Como é possível tamanha distracção dos professores (eles dizem que são) durante sete (7) meses? Como é possível que até a DREN não tenha dado pelo lapso ?

Parlez-vous Français?

É a mais recente polémica entre o homem que em si próprio é um dogma - Prado Coelho, quem mais? - e o ministro da Educação. Em causa a recente nomeação da coordenadora de ensino de Português em França.
O texto de Prado Coelho, de terça-feira passada, está aqui.

Afinal correu tudo bem e Portugal já pode ir para a praia

Já não queria voltar ao assunto do concurso; há assuntos tão mais interessantes a desenvolver nos próximos dias! Mas, pronto, LS enviou-me este link e eu deixo-o à consideração de cada um. Divirto-me mesmo é com a leitura dos comentários.

Porto Editora é referência única de moralidade e excelência editorial

Já vi várias vezes, mas ainda não acredito. A Porto Editora tem um site de notícias, mas não é nenhum jornal, nem tem, penso, jornalistas nos seus quadros.
Por que razão noticiam isto a propósito da Texto Editora?
É absolutamente ridículo que queiram defensores na classe docente para as suas estratégias, pelos vistos muito pouco éticas, de vendas de manuais (que cada vez mais têm erros científicos; mas até isso se compreende, se se atender à pedagogia do ensino centrado na criança...).
Se querem denegrir outras editoras, façam-no; se querem promover os seus manuais nas escolas, façam-no; se querem a primazia de vendas, é legítimo que a almejem; agora, envolver a classe docente em guerrinhas de papel?
Não têm telhados de vidro, os senhores? (o que não significa que concorde com a discriminação efectuada pela Texto.)

Por que deve o concurso ser prolongado?

Apesar das minhas críticas mais ou menos recorrentes aos sindicatos, reconheço que tiveram um trabalho muito meritório no esclarecimento/ajuda aos apositores deste último concurso.
Esta notícia mostra o seu empenho. Lamento, deveria ter começado por aí, que as notícias de educação - refiro-me à edição do Público de hoje, em papel - venham apenas numa coluna ombreada por notícias, à direita, sobre medicamentos e, à esquerda, sobre produtos tóxicos.
Imagem real da patologia educativa...

Fim do concurso, mas não da polémica

Acaba hoje, depois de muitas peripécias que seriam muito engraçadas se não dependesse o futuro imediato de milhares de docentes, o concurso nacional do ME. Mas não acaba a polémica.
Ainda que concorde que na candidatura todos aqueles que terminaram o estágio no ano transacto devessem validar a primeira prioridade, o facto é que o decreto-lei subjacente ao concurso é suficientemente explícito na obstacularização lectiva que proporciona aos ex-estagiários.
A polémica não acabou, porque, embora rectificadas as "instruções", e não, como muitos pretendem, alteradas as regras (pois instruções não se substituem a um decreto legislativo regulamentado), houve quem, deliberada e voluntariamente optasse por concorrer na primeira prioridade, como forma, penso, de exteriorizarem a sua indignação. Ora, o ME já veio a público dizer que esses serão afastados do concurso! Assim, aqueles que pensavam poder rectificar a situação no período de reclamação, estão já afastados, devido à sua teimosia.
Este texto pode ajudar a perceber um pouco mais.
Está aqui a notícia relativa à aceitação das candidaturas.

Ministério da Educação, Portugal 2004, Concurso de Docentes; Candidatura tentada ser feita pela internet (adsl)

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"Prós e Contras": educação das crianças em debate no programa de hoje

Não tenho o hábito de publicitar programas televisivos, mas o programa referido em título merece ser visto; muitas das hesitações sociais vão lá hoje estar patentes e latentes. É hoje, no canal 1, pelas 9.50h.

Nova disciplina... e a educação sexual outra vez!

Saiu hoje esta notícia, que pode ser lida aqui, que permite perceber um pouco melhor as novidades do ME.

Novo blog para francófonos e francófilos

Tenho andado arredado dos blogs nos últimos dias devido ao concurso. A actualização já está a ser feita.
Por agora, vale a pena visitar este novo blog, promete ser muito interessante.

Cinema alternativo

É já amanhã a projecção do novo filme de Saguenail e Regina Guimarães, na Faculdade de Letras do Porto pelas 18.30h. As informações podem ser lidas aqui.

Educação em Portugal no século XXI

Uma docente enviou esta notícia para um indivíduo.

«Os docentes não são indivíduos»

Há um post no sous les pavés, la plage que descobre muito do cinismo com que os docentes são tratados. Está assinado por CaOs.

O mapa das escolas a fechar pelo ministro até 2007 pode ser visto nesta notícia do jornal Expresso (tem linkagem para relação distrital).

«Pais e PS contra exames nacionais no 6º ano»

Claro que estão contra. O preocupante mesmo é pais (alguns pais) e PS pensarem que ser oposição é dizer não a todas as propostas. Penso mesmo que para estes senhores, as prioridades educativas passam por querer que os professores estejam nas escolas a brincar com os seus filhos, não vão eles cansar-se em demasia e ter um princípio de esgotamento. Já não bastava a "palhaçada" da atribuição de níveis em cada período... (este jornal tem a mesma notícia, mas além disso tem comentários que são verdadeiras anedotas. A não perder!)
Já agora, e noutro sentido que é o mesmo, veja-se com atenção o completo desprezo pelas políticas educativas e pelos seus agentes maiores perpretado pelo governo. Está à direita (onde mais?) do texto referenciado.
Fora do ensino, vale a pena ler este bilhete do rui a..

Docentes sem colocação vão para a prisão!

É verdade! É a mais recente ideia do grupo de estudos do Ministério da Justiça. Agora não tenho tempo, mas palavra de honra que acho muito boa ideia. Depois explico.

Ainda a matemática

Há dias atrás (desculpa lá, Jacky, mas não resisti!) alguém se queixava de que só se falava de matemática. A educação accionária concorda e por isso...aqui vai um texto de Eduardo Francisco Rêgo.

ARCAÍSMOS E NEOLOGISMOS

É um texto curioso e pode ser útil.

Professores detectam falhas no sistema de candidatura

O processo nacional de colocação de professores pela Internet está a levantar dúvidas. Os sindicatos decidiram criar uma estrutura de apoio aos docentes que nos próximos dias vão preencher um único formulário de candidatura.
Comentários para quê?

45,5 % ou a teoria da conspiração de um agente de seguros

Volto agora do meu café nocturno e penso se o meu horário não está feito na medida exacta de um esgar castanho, de um beijo roubado ao fumo, de uma tentativa em mudar hábitos - ja doem os ouvidos em adormecer a ouvir Tindersticks -, no decalque de outras vivências... na espera de ouvir o sussurrar de uma 1400.
Mas volto sempre. Desta vez, porém, volto comovido. Sim, é verdade. Comovido e orgulhoso pelo país que somos. Em tantas leituras, chego-me a esta, atrasada, onde se dá conta da percentagem de 45,5% de abandono escolar; suspiro e aconchego-me neste frio inominável. Mas, claro, o que me faz dormir sossegadinho é mesmo a taxa imposta pelo inanarrável governo de 40 mil desempregados na classe docente. Fico mesmo emocionado e excitado. Obviamente, o número é exagerado, interesses mesquinhos dos sindicatos, é o que é.
Eu sei que estou a ser lamechas, não é meu timbre, mas ando em tanto contentamento que não escondo estes números mágicos, estes departamentos minesteriais bestiais, estes sindicatos geniais e uma classe de créditos e novelas hercúlea. É um contentamento muito contente!
Andava eu nisto, quando encontro um agente de seguros. Olhem, desprezou-me no meu contentamento e, seco, bruto (nem me pagou o café...), disparou: "eu quero la saber do desemprego dos professores! Já viu se os seus colegas viessem para a reforma que a Segurança Social entrava em banca-rota? Sabe de quem é a culpa? Dos socialistas! Que o Mário Soares e o Ferro Rodrigues deram pensões a quem nunca descontou nada...!"
Eu já suspeitava, mas contra-argumentei, perguntando se não seria legítimo, depois de se ter estudado com proveito numa faculdade, esperar, já não digo emprego, mas um trabalho... se não seria importante, a bem da nação, permitir que uma geração nova, com força na verga, impulsionasse definitiva e competentemente uma geração de adolescentes rumo ao futuro, se não seria óptimo que fosse ocupando as vagas de egrégios colegas (que o governo não deixa virem para a reforma), se não seria importante haver um instituto que fizesse a acreditação de docentes (há tantos parolos no ensino! eu até tive três padres a português e tudo...!), se não seria, enfim, importante cortar com o estigma do 25 de Abril e fazer o país...longe dos discursos dos "saudosistas do passado" (que até nem falar sabem, como se vê)... a tudo isto e muito mais a resposta: "a culpa é do Mário Soares". Pronto.
E a educação para a cidadania? E a educação artística? E a educação estética? E a educação definitivamente afastada do caminho político? E a leitura? E a escrita? E o teatro, e o cinema e a ...criação ab ovo? A culpa é do Mário Soares. Pois claro.
Concorda comigo quando digo que ao governo não interessa formar cidadãos cultos? Que ao governo interessa manter docentes bi-empregados, nas escolas e nos colégios privados, sem dar oportunidade aos mais novos? Concorda comigo quando digo que ao governo, a este, ao anterior, e ao posterior, interessa manter uma população embrutecida que aplauda os imbecis chamados Fernandos Rocha, porque há a preservar interesses corporativos - sejam eles quais forem? Concorda comigo quando há interesse em manter uma classe ensandecida, porque não estabilizada? - "Concordo, e a culpa é do..."
E que tal não haver culpas - que país miserável! - e fazer tudo de novo?
45,5% de abando escolar? Milhares de jovens docentes desempregados? Alguém se convence que é por haver menos alunos? - é verdade que os há. Se ao 3º ciclo se reconhece uma pobreza franciscana no que concerne a exigência e descernimento na atribuição de níveis por parte dos professores, quem, num país que se quer desenvolvido, pode afirmar que a escolaridade obrigatória é suficiente e competente? Ninguém, e a culpa...
Já nem me pronuncio sobre o excesso de ramos educativos abertos nas faculdades - faz de conta que a estatística não existe -, sob o pretexto da livre e voluntária escolha dos seus pagantes; há tantos assistentes, e fracotes, na maioria das vezes, a pagar ao fim do mês!
A culpa...

Cruzes, canhoto!

Há por aí um jornal diário que também se dedica à venda de fancaria. Ora, já alguém se me queixou da incorrecção "histórica" propalada. Como não posso nem quero perder tempo a confirmar... fica aqui este endereço, talvez possa ajudar.

Eu logo vi...

DGRHE
De momento não é possível aceder ao sistema.
Por favor tente mais tarde.