Governo suprime grupos de docência mista

Por falta de tempo, estou de saída para e escola, não posso desenvolver o texto, de qualquer modo, os oponentes ao próximo concurso do ME terão que optar por uma - apenas uma! - das disciplinas para que estão profissionalmente habilitados.

Assim sendo, no meu caso particular, apesar de estar habilitado profissionalmente para leccionar Português e Francês, teria, no caso de concorrer, o que não sucederá, de optar por uma delas. O que ainda não percebi é se há limitação temporal na escolha ou se esta se torna perpétua (pelo menos no ensino público), tal como sucedeu com os licenciados de Francês-Alemão ou Inglês-Francês, vítimas da LBSE de 1986 - estupidamente, apesar de terem feito estágio pedagógico às duas disciplinas, só a uma veriam o estatudo de habilitação profissional reconhecido; à outra, apenas habilitação própria. Também ainda não percebi o que acontecerá ao grupo de docência 21. Entretanto, os menos qualificados, geralmente saídos das ESE, continuam a todo o vapor numa carreira repleta de equívocos.

Já começa a haver motivos de sobra para que as pessoas de bem, mais do que manifestar a sua indignação pelas políticas arrogantes e incompetentes do actual governo, comecem a ponderar a desobediência civil.

A confirmação do que digo pode ser lida no site da Federação Nacional de Educação.

Tendências metodológicas

A imagem foi roubada muito agradavelmente à Oficina de Projectos de Vicente Risi Junior. Ainda bem que não sou o único a querer fazer da Fenomenologia uma ferramenta existencial.
“... não possuímos no momento nenhuma ciência válida, nem um mundo existente... isso tem que ver também com a existência dos outros eus... desaparecem naturalmente todas as formas sociais e culturais... a partir de agora, não é mais para mim um mundo existente, mas somente o fenômeno da existência. ” E. Husserl (epoché transcendental / Meditações Cartesianas).
O blog de Vicente é muito mais do que fenomenologia; é uma verdadeira oficina de projecto(s) colocados à disposição da educação. A consultar com atenção.

Ensino da leitura: a imposição do método silábico

O texto deMireille Usséglio, em destaque no Cagfé Pédagogique, tenta contrariar, cientifica e socialmente, a imposição do ME francês do método silábico nas escolas primárias.

Que eu saiba o debate ainda não se deu por cá, mas chegará o dia, tal como fez Mireille Usséglio, em que será lançada a questão sobre se o ME não pretende mais do que "faire des classes socialement hétérogènes mais intellectuellement homogènes". Leitura obrigatória, portanto.

N blogs

Na blogosfera portuguesa: aqui pode atribuir-se votos para o melhor blog feito por um professor.

Na blogosfera francesa: pequena elencagem de blogs educativos (via Café Pédagogique).

Não vos ouço, estou a socializar

PR in, PR out

O fim-de-semana passado foi muito estranho: Hantuchova foi eliminada por Sharapova, em Melbourne, na Austrália. Isso foi o suficiente para me deixar mal-disposto.

Felizmente acabou a campanha, vulgo circo absurdo, e há um candidato eleito, não que isso seja importante, serve apenas para deleite da República. Não votei e não quero saber. Ainda há fome e crianças assassinadas em Portugal; ainda há ministros a apresentar leis para ilibar os amigos de problemas, como acusações de PEDOFILIA; ainda há "aparelhos" partidários, com as suas bestas encavalitadas na res publica, transformada em privada ou semi -pública.

A generalidade da comunicação social mostrou-se muito preocupada com as reformas do futuro PR; francamente, a mim o que me interessava saber era se o ainda PM se iria demitir, não por o seu candidato ter perdido as eleições, mas por ter dado mostras de imbecilidade democrática ao ter apresentado o seu discurso de derrota comcomitantemente ao de MA.

O tabaco aumentou; acho bem e acho mal. Bem porque faz mal; mal porque é mais um imposto do governo PS. Cada vez fumo menos, mas ainda assim sinto-me diariamente assaltado.

A Universidade anda preocupada, quando anda, com Bolonha, quando se deveria preocupar com a mutação de classes em Portugal. O processo foi iniciado com os governos de CS, passou pelos de AG e agora assiste-se despudoradamente ao assassinato da Classe Média em Portugal. Ninguém parece preocupado.

A culpa é da Melissa III

Afinal, os testes estavam pousados numa mesa na garagem. Foram corrigidos e entregues. A Melissa está zangada comigo, porque acreditava que iria ter um 18 na pauta. A envolvência lectiva é muito mais do que a médias dos testes. E ela sabe-o. Por enquanto está só amuada.

Contra a construção da barragem do Sabor

Quando o governo socialista decidiu, contra todas as expectactivas, avançar com a construção da barragem do Sabor, houve algumas vozes contra, mas nada de veemente ou continuado. Estranhamente, a Sabor Livre nada diz. Relembro aqui as conclusões sobre o impacto ambiental, em PDF, datadas de Julho de 2005 - o que mudou em seis meses?

Não voto...

... enquanto os governos deste país se preocuparem apenas com números e palavras esquisitas em latim e deixarem que as crianças e adolescentes sejam vítimas de maus tratos, sevícias e assassinato. Sobre isso nem uma palavra; nem eles nem a generalidade da comunicação social.

(Equação) semântica

No tempo de Cavaco Silva, os secretários de estado eram meros ajudantes de ministros;
no tempo de Sócrates, os ministros são meros funcionários públicos;
no tempo de Sócrates, os funcionários públicos são desempregados e velhos (é uma obsessão que o senhor tem por gerontofilia).
Denominador comum: arrogância e prepotência.
Conclusão: Portugal empobrecido.

A culpa é da Melissa II!

ESTOU MESMO TRAMADO! Já procurei por todo o lado e ainda não encontrei as provas! Pondero fugir...

ANOP - Intervenções Transversais na Educação e Cidadania

Das inúmeras páginas que consulto sobre educação/formação, raras há que me merecem qualquer tipo de consideração. Não é o caso desta, sediada na Feira, que, muito pelo contrário, me provocou espanto e ainda agora me deixa algo fascinado.
Penso que é a mesma de que me falaram há dois anos, por altura da abertura deste blog - hélas, hoje é o segundo aniversário-, mas não tenho a certeza, para ser honesto.
A ANOP, pelo que percebo, chama a si a função de croupier (estou bem disposto) e intervém multi-disciplinarmente e transversalmente, primeiro, em questões de educação/formação e, depois, sobre o próprio conceito de cidadania (activa, pelo usufruto), através do que chamam Oficinas de Projecto. Ultrapassando já a mera intervenção na(s) comunidade(s) local(is), começa a ser já um exemplo a ser seguido - fiz as minhas pesquisas e não, não quero dar conta delas. O fascínio que ainda me causa, relaciona-se com o o trabalho relacional e criação de redes entre organismos e outras estruturas organizativas e organizacionais em torno de um objectivo comum,"agir em favor do desenvolvimento das comunidades locais e das pessoas por forma a contribuir para uma cidadania mais activa, a solidariedade e a coesão social e para novas perspectivas para o desenvolvimento integrado e sustentável na sociedade contemporânea." Convenhamos e insistamos na novidade no nosso País, pobre, deste serviço comunitário. Admiro a audácia e lembro-me frequentemente de Basarab.
Só mais uma coisa: ver/ler com atenção, muita atenção, este e este projectos desenvolvidos (e já agora também este).

Sobre as colocações definidas pelo ME

Não partilho inteiramente da opinião deste post, vindo deste blog, mas é um bom ponto de partida para inquirir o ME.

A culpa é da Melissa!

A Melissa - é um nome muito bonito - é uma aluna com dezasseis aninhos de uma das minhas turmas. É muito bonita (tenho olhos, não é?) e é sul-africana. Tem uma capacidade de organização, empenho e estudo notáveis! (não é como as nossas de cá...) Quando corrigia testes, a Melissa teve 18 valores a francês (depois de inúmeras dificuldades iniciais)! Fiquei contente e fui comemorar. Entreguei os enunciados na secretaria e a pauta. Há pouco pediram-me os restantes testes... conclusão: em 20 alunos, só corrigi 10 (até ao seu número). Quis logo tratar do assunto, mas... não encontro o raio dos restantes testes! E agora?!
A culpa é da Melissa!

Francamente, Srª. Professora!

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, foi minha professora de Literatura Portuguesa na faculdade (a maldita FLUP). Gostei muito de a ter tido como tal, embora lamente que não me tenha corrigido as frequências - foi uma sua colega emproada que o fez. E segui-a depois disso, sempre que palestrava ou era convidada para algum tipo de intervenção cultural, de nível escolar ou para grande público. É, de facto, uma figura incontornável já da nossa estrita intelectualidade - qual Filomena Mónica, qual quê! (a propósito de estudos sobre o Eça e Garrett...)

A casa de Garrett em Lisboa, como é sabido, está em risco de demolição. Estranho, por isso, o silêncio daquela que faz do ensino do Realismo e Romantismo uma rara arte de sedução, contemplação, deleite e, claro, aprendizagem da/pela literatura.

O seu silêncio sobre o assunto, mais do que incomodar, é entendido pelos seus antigos alunos como uma traição. A cultura merece mais do que meras atitudes de conveniência; o proprietário do imóvel é colega de governo da Srª Ministra.

Nunca mais direi orgulhosamente a ninguém ter sido minha professora. Mais do que ninguém, a Srª Professora deveria marcar a diferença.

Teste Recomendado pelo ME

Recebi por e-mail isto


Caro(a) Candidato(a),
Aproximando-se o início do Concurso de Professores para o ano escolar de 2006/2007, gostaríamos de lhe dar a conhecer a aplicação "Teste Recomendado".
Ao longo do concurso serão utilizados os mesmos elementos para acesso aos formulários electrónicos (nº de candidato e palavra-chave) que foram disponibilizados pela DGRHE para o concurso 2005/2006.
Com vista a possibilitar aos candidatos a verificação da validade do nº de candidato e da palavra-chave de que dispõem, encontra-se no site desta Direcção-Geral (http://www.dgrhe.min-edu.pt) a aplicação "Teste Recomendado". Sugere-se que teste estes dados o mais brevemente possível, a fim de garantir, atempadamente, que possui os códigos correctos para aceder à candidatura inteligente.
Com os melhores cumprimentos,
DGRHE

Por acaso já fui ver e ainda consto da base de dados, não que isso me importe muito porque este ano não vou concorrer, permanecerei na mesma escola (particular) por mais um ou dois anos, mas fica a dica do dia (não, não é pub) para os colegas interessados.

Educação Accionária há dois anos

Penso não estar errado nas datas (os posts não são coincidentes com a inauguração) quando afirmo que este blog faz hoje dois anos.
A irregularidade com que escrevo não tem a ver com desistência de algum tipo, mas antes com a teimosia da minha debilidade auditiva - que me afectou o ouvido médio direito - e consequente desregulação do campo de percepção visual e de equilíbrio; desta vez, coisa ligeira, mas que ainda assim me obrigou a descanso absoluto, ou quase, visto ter continuado a dar aulas.
See you soon!

Recrutamentos para a próxima década

Visto neste site, dedicado e feito por estudantes franceses, sobre as profissões que terão necessidades específicas de recrutamento para a próxima década.

Let's Make Some Noise