La France d'en bas
(cortesia de JB)
Manifesto plural e não democrático pela acção da/na educação.
A generalidade da Imprensa portuguesa (Publico, DN e JN) acordou hoje extasiada com a ideia de que as Universidades iriam ser avaliadas (pela sua capacidade de preparar recém-licenciados para o mercado de trabalho) - proposto desde 1994. Perguntas sobre o assunto: sabendo-se que, para já, a avaliação se fará unicamente a instituições voluntárias, que acções concretas decorrerão das avaliações (antecipo, para a generalidade das instituições académicas, postura anacrónica e impertinente): a) redução de docentes, por manifesta incompetência pedagógico/científica (isto quando não convidados pela cunha)? b) reestruturação curricular e diacrónica, que corresponde a ficar refém de modelos anglo-saxónicos (modelo de Bolonha), impraticáveis no luso burgo? c) Financiamento privado? (Espera-se que, como exemplo, a (ir)responsável pelos cursos da FLUP, que quer(ia) cursos de línguas unilingues, mesmo sabendo "que não há mercado para absorver os licenciados desses cursos", seja, obviamente, obrigada a retratar-se publicamente...) |
O site Línguas do Mundo tem na sua edição de Novembro um estudo sobre as lingua(gen)s existentes no mundo, que calcula serem 6.800. Os mapas e os links da página disponibilizados são pertinentes e importantes e podem ajudar a uma melhor compreensão da diversidade linguística e cultural. O mapa acima colocado, por curiosidade e de acordo com a mesma fonte, mostra as línguas mais "faladas" na Internet. Agradecimentos a Dulce Paula pelos links. |
|
CONCENTRAÇÃO EM DEFESA da AVENIDA DOS ALIADOS e da PRAÇA DA LIBERDADE -Sábado, 12 de Novembro, às 11 H na Praça da Liberdade A Câmara e a Metro do Porto preparam-se para transformar a Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade, de alto a baixo, num deserto cinzento, sem cor e sem alma. Como já sucedeu no alto da avenida, serão abatidas árvores, e desaparecerão os canteiros e os desenhos da calçada para darem lugar ao granito inóspito. À revelia da lei e do respeito que é devido aos cidadãos, os portuenses não foram tidos nem achados nesta transformação. A cidade é de todos, não da Câmara e muito menos da Metro. Ninguém tem o direito de destruir a memória da cidade contra a vontade dos cidadãos. Neste momento decisivo da história da cidade, o Porto precisa de si. Manifeste-se connosco no sábado, 12 de novembro, às 11h00. Juntos na Praça da Liberdade, pela Praça da Liberdade. |
Não deixa de ser curioso constatar as avultadas manifestações de crentes católicos durante as governações PS. Lembro-me de, em 1999, segundo creio, durante o consulado de Guterres, D. Ximenes Belo ter visitado Portugal e nós, revivalistas e colonialistas, termos mostrado ao mundo a nossa arrogância compartilhada com a postura e governo fanfarrão à época (e pequenez, por não termos sido capazes de resolver a situação de Timor mais cedo). O mesmo governo que retirou dividendos políticos da morte de Amália Rodrigues. A consagração acontecida durante a tarde de hoje, de Lisboa à Virgem Maria, para quem como eu acompanhou com neutralidade, mostrou uma turba sofredora, indignada, desconfortável e descrente no futuro. Durante a ainda governação de Sócrates. |
Depois de um dia a aturar malucos, entre colegas e alunos, deparo-me com as iluminadas afirmações do Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio: "porque nós não queremos ver as imagens tão terríveis de Paris e de algumas cidades da França, temos que defender aquilo que é a capacidade de integração, de conviver com o outro, de termos as minorias que se possam exprimir da forma que queiram. Isso faz parte do nosso país, da nossa cultura". Confesso que estarreci e, se dúvidas houvesse para alguém, Jorge Sampaio não só é ridículo, como inconsequente e pedante. O problema não está, na nossa sociedade, na aceitação dos outros e da sua cultura e da nossa capacidade em integrá-los como nossos (co-cidadãos). O problema está, tantas e quase sempre, nos imigrantes que não se querem adequar à realidade do país que os acolhe, não se esforçam por perceber a cultura e a língua e pretendem viver entre si, sozinhos, à margem. Não querem estudar e muito menos trabalhar; mas de subsídios sabem eles! E isto passa-se porque os sucessivos governos de esquerda não souberam proporcionar-lhes essa ferramenta essencial - nos EUA, por exemplo, só se obtém a cidadania após resposta correcta a questões de história e cultura; nesse mesmo país, há associações cívicas que ministram cursos gratuitos para ajudar à passagem no exame. Os sucessivos governos de esquerda postularam sempre um discurso em que vítima era sinónimo de imigrante. Os resultados estão à vista. Os sucessivos governos de esquerda esperaram sempre que fosse a escola a educá-los na e para a cidadania; o trabalho, porém, tem que ser feito antes, geracional e sincronicamente. Não "apanhá-los" na escola, no momento da revolta e da angústia próprios da idade adolescente, que isso nada adianta. Mas o Dr. Jorge Sampaio sempre branqueou o banditismo e os insurrectos, não foi? Não me esqueço da sua visita a bairros de imigrantes - que sucessivos governos de esquerda permitiram e incentivaram pela discriminação positiva - branqueando o "arrastão" perpretado por "jovens", provavelmente revoltados com o preço dos gelados ou dos charros. E sobre os "jovens insurrectos" que polulam nas escolas profissionais que afrontam o trabalho e estudo dos alunos do ensino secundário ao obterem o 12º ano gratuitamente? (Ardilosa estratégia do PS para trabalhar para as estatísticas...) O Dr. Jorge Sampaio não diz nada? Pois não, não diz, porque durante estes dez anos apenas tem sido um adido político do PS. |
A esquerda que histericamente descolonizou o ultramar sem cuidar dos interesses pessoais dos seus co-cidadãos - e mesmo da sua integridade física! - , é a mesma que aceita os imigrantes sem lhes exigir um mínimo de confluência de culturas: sob a égide do totalitarismo da cultura dominante, que não querem, inventaram a discriminação positiva e os resultados estão à vista, infelizmente há demasiado tempo e por inúmeras razões que não apenas a insurreição das últimas semanas. O seu triste discurso de esquerda europeia resulta nisto: são franceses (ou portugueses) para os direitos, imigrantes de segunda geração para os deveres (com tudo o que isso comporta de desculpa e desresponsabilidade). Em Portugal, cuidado com o discurso da extrema esquerda, encarnado a veludo pelo BE! Perante a incompetência governamental e o descontentamento generalizado da população portuguesa, a extrema pode muito bem aproveitar-se do facto para instigar à rebelião e ao rebentamento social! |
Proximidade e mão amiga. "Proximizade", feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que se sabe e ao que se vê. Aqui, já está a acontecer.