31.10.05
26.10.05
Língua Estrangeira II (Francês)
O meu espanto está nisto, que passo a citar.
Diário da República - II série nº 101 de 2-5-1995
Língua Estrangeira II (Francês)
3º Ano
1 - Noções gramaticais.
2 - Actividades didácticas:
2.1 - Conversação.
2.2 - Leitura.
3. Áreas vocabulares:
3.1 - Hotéis e outras colectividades.
3.2 - Agências de viagem.
3.3 - Publicidade.
3.4 - Correspondência.
3.5 - Telefone.
É suposto, portanto, a partir do enunciado produzir um programa. No meu caso, arrogância à parte e experiência profissional resguardada, será fácil elaborar tal programa. Fica no entanto a sensação que a formação profissional funciona sem rumo e definição; se a esta amplitude e abrangência de programas somarmos o facto de que muitos formadores têm apenas o 12º ano, chega-se à conclusão de que a maioria das escolas profissionais apenas entretêm os formandos pelos dinheiros comunitários.
Fica a pergunta: é esta a substituição de ensino público e incremento da formação profissional que o sr. Sócrates pretende?
25.10.05
Governo não altera subsistema de saúde dos jornalistas
A ser verdade o e-mail, que fala em cabala dos media para encobrir esta situação, a sua própria, não sendo de uma gravidade extrema, torna-se, no mínimo imoral e eticamente reprovável (se tivermos em atenção que as redacções dos jornais vivem dos expedientes de homens políticos e partidos políticos, por esta ordem). Mais grave se torna ainda a afirmação constante no e-mail de que "a caixa de previdência e abono de família dos jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da Sic, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida...). O inefável Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio, último que esta caixa manteria o mesmo estatuto".
A fazer fé também que a tabela de reembolsos é verdadeira, estamos perante a compra, repito, compra, de jornalistas ou de textos laudatórios para o governo socialista pelo preço de serviços de saúde. Pense o leitor por si próprio.
23.10.05
100 sítios do património mundial da UNESCO
Deux cousins autour du monde pendant deux ans à la découverte de 100 sites inscrits sur la liste du patrimoine mondial de l'UNESCO.
Dois primos à volta do mundo, Armand e Xavier, à descoberta de 100 sítios inscritos na lista de património mundial da UNESCO (durante dois anos).
Um site de viagens, aventuras, paixão e encontro de culturas. Vale a pena ver a secção de imagens e video. Para ler no seu próprio site e em tv5.org o blog (quase) diário das viagens. Porque estão divididos por temas e em textos de dimensão média, são óptimas ferramentas para serem exploradas nas aulas de francês (ou inglês, já que há possibilidade de tradução).
22.10.05
O ranking da mediocridade
Não pode um país competitivo ter uma ministra da educação afirmar que "[os rankings] são muito limitados e pouco interessantes", terminando por dizer serem um exercício "negativo e deturpador" (lido no Público e ouvido na TSF às 8.12) e, comcomitantemente a estas declarações e convicções, enviar ou pertimir a consulta da base de dados do ministério por parte de órgãos de comunicação social, para que estes façam a sua própria lista ordenada (com estudos comparativos, pontos de partida e de chegada por si definidos, contraste entre as notas finais curriculares e os exames, etc.)
Da mesma forma, e sobre o mesmo conteúdo, é preocupante que não se acabe com estas listas (que em si próprias são erradas e não são demonstrativas de coisa alguma) e que venha a terreiro a ministra assegurar que para o ano a tutela quer dados relativos à composição social das escolas - "sabemos qual é a etnia dos alunos, mas não sabemos o nível socio-económico dos pais". De tanto querer transparência e rigor, confunde a tutela avaliação com perseguição, confunde uniformização com perseguição e, finalmente, discriminação positiva com invasão da privacidade das pessoas, para além, claro, de estar a traçar um caminho que separe ricos e pobres e que deixe de considerar os alunos como pessoas e os passe a desconsiderar perante classe social aprioristicamente tomada. É liquído dizer-se que um cigano não consiga obter um curso superior? E o filho de um ministro, é já adquirido que terminará com aproveitamento o 12º ano?
Lamento dizê-lo, mas a tentativa de enganar com números potenciais votantes leva a parvoíces destas: sem estudos sustentados e sustentáveis, dados concretos e sérios, equipas avaliativas sérias e competentes, quer nas aprendizagens, programas, alunos e professores, formação pedagógica inicial e contínua, e sem ampla participação da sociedade civil, com o beneplácito dos poderes políticos, passa-se de um positivismo amador para um liberalismo mesquinho e zarolho, socialmente insuportável e injusto e, diga-se em abono da verdade, estendido numa sociedade transcultural cujo paradigma começa já a ultrapassar o pós-modernismo, pouco dado a divisões saloias entre pobres e ricos entre o sim e o não; neste paradigma convergem da mesma forma os ataques filosóficos que há muito definiram o talvez como a opção razoável, ou, se se quiser, o ajuste do sim e do não perante as circunstâncias e os contextos em que ocorrem.
Decorre do que digo, ou complementa, a estupidez do editorial de José Manuel Fernandes. Estupidez, porque defende à partida, de modo cínico e subtil uma lista que não é sua, provavelmente para vender papel, ou gastá-lo. Estupidez também porque demonstra desconhecimento da sociedade em que vive e das escolas que dessa sociedade fazem parte - bem sei que estou a ser excessivo, JMF até tem por hábito, mesmo discordando dalgumas das suas opiniões ser sóbrio. Mas vejamos: considerar esta lista como "exercício de transparência, qualidade a que a administração pública está pouco habituada, mas também porque a divulgação desses resultados ajudou muitos pais a escolherem a escola dos seus filhos - e a liberdade de ensino é um direito constitucional -, ao mesmo tempo que muitas escolas tiveram de modificar métodos e de evoluir" é, na realidade, exercer apenas uma opinião recorrente e sem aditivos, para além de ser equívoca. Liberdade seria sim se o ME permitisse a cada agregado familiar a consulta da sua base de dados, não interferindo na sua análise; com certeza que a liberdade de ensino é garantida constitucionalmente, convém salientar que a aprendizagem também, por isso mesmo é que se compreende que JMF, como a generalidade da população portuguesa não avisada, não implique no seu discurso os discentes, para si são apenas circunstâncias do ensino e da escola em que se encontram e não circunstâncias de si mesmos, do seu estudo e do seu empenho; quanto à escolha das escolas, por parte dos encarregados de educação, que não são necessariamente os pais, localidades há em que não há muito por escolher, e mesmo se a vontade dos encarregados de educação fosse a escolha de uma escola privada, convenhamos que uma grande maioria tem reais dificuldades em pagar as mensalidades - há ainda a questão residencial que JMF parece esquecer: só facultando moradas de outrem é que é possível ir estudar para outra freguesia ou concelho (no ensino público); quanto aos métodos adoptados pelas escolas, seja na turma, na disciplina, na escola ou na interacção escola-comunidade (através da escola democrática, participada, comunitária, transversalmente, transdisciplinarmente, interdisciplinarmente, através de clubes ou de outras formas), que tantas escolas, cientes de que a área-projecto foi um fracasso enorme, souberam e sabem patrocionar em benefício da população estudantil pertinente, sóbria e eficazmente, convém salientar que as grandes falhas deverão ser apontadas aos programas por não serem suficientemente flexíveis para atender as especificidades regionais de uma escola ou de um grupo nela inserido - para além disso ou antes disso, uma metodologia com frutos dados pode não resultar num grupo ulterior. É precisamente neste ponto que a "teoria" de JMF cai por terra. Desconhece, infelizmente, que os professores têm por missão, nas suas aulas, decidir; decidir em função dos programas, da pertinência da sua aplicabilidade e do grupo que têm pela frente, modificando estratégias e métodos. O paradigma do professor reflexivo, para além de se considerar no plano estritamente lectivo em sala de aula, decide e avalia as suas acções; nesse sentido, modifica métodos quase diariamente (exagero voluntariamente, pois não se pode leccionar criando o caos constantemente, o que aconteceria se se modificassem posturas diariamente) em função da eficácia da aprendizagem e utilização das competências mínimas, e para além destas, dos seus alunos.
A discussão escola privada/pública está gasta já. Há boas escolas públicas da mesma forma que as há privadas; há péssimas escolas privadas da mesma forma que as há públicas. A discussão, contudo, não pode encerrar-se na forma mais ou menos profissional dos docentes. Neste ponto, não podemos ser redutores, pois até nas boas escolas há maus professores e o inverso é também verdade. Em abono da verdade, parece-me que se penaliza excessivamente os professores e não se apuram as verdadeiras razões junto dos alunos. A desculpabilização e desresponsabilização dos segundos tem que acabar. Uma questão pertinente, mas que ultrapassa o propósito deste texto, seria inventariar o apoio didáctico existente nas escolas públicas e privadas.
Em conclusão, o dossier do Público e o editorial do seu director não traz nada de novo, nem tão pouco elementos que contribuam para termos uma melhor escola e uma melhor educação. É um discurso gasto e perigoso; só tem em atenção uma pequena parte do guião educativo.
Gostei de uma pequena nota do JN sobre a inflação das classificações nas escolas privadas. De acordo com estudo daquele matutino portuense, baixou em relação ao ano passado e as notas dos exames do 12º ano são muito próximas às notas anuais obtidas pelos alunos. Este pequeno elemento dá-me razão sobre o que acima referi, para além de cada vez mais desmistificar a ideia generalizada que há trafulhice nos colégios.
Por último, e relativamente à propagada pior escola do rankink, a Secundária de Ourique, gostava de dizer isto sem nunca lá ter trabalhado: tenho orgulho em ser professor na escola Secundária de Ourique!
Pérolas encontradas na petição a entregar à FIFA a pedir uma página em língua lusa
É muito bom ir 3 países que falem a língua portuguesa, e por isso, era bom que as páginas fossem em português, para os portugueses verem melhor. Portugal
bandidos
ESTES GAJOS DEVIAM ERA IR PAPAR NA ANILHA PARA ELES O MUNDO É A EUROPA CENTRAL? TENHAM VERGONHA SEUS PELINTRAS E METAM ESTA COISADA EM PORTUGUES PALHAÇOS......
Acho que se está a preocupar demais com isto do futebol e a nos esquecermos de coisas mais importantes, o futebol não é tudo, mas parece que para muitos é vida.. sinto muito que se faça este tipo de petição só para o futebol e não para outras coisas...é de lamenlamento por quem teve essa ideia e quem a subscreve.......
Assessor de Imprensa do Primeiro-Ministro de Timor-Leste
Portuguese is the thirdiest most spoken language in the world
Portuguese is spoken by 200 Million People so it should be an option on the FIFA Web page...
Se Há Mundial de Futebol, foi porque nós descobrimos o mundo
leiam e divulguem o www.relvado.com
A nossa vos ouvir-se-á bem alto!
O Zé Povinho tambem merece!
porra!somos campeos da Europa,Campeões do Mundo,vencedores da Taça Uefa,fornecedores dos melhores jogadores do mundo!Porra? Podemos ser ignorados????
Sócio da Associaçom Galega da Língua
Se quiserem eu traduzo a página...heheheh
que se foda o brasil
Como eles não falam Português, se calhar não vão perceber a petição
200000000 it´s more than enought
FIFA em Portugues. 4 continentes falam esta lingua
ACHO MUINTO BEM
ISTO É UM VERGONHA, SÓ OS FILHOS DA PUTA DOS ESPANHOIS TEREM DIREITO A TODAS AS MERDAS, NÃO ADMIRA QUE PENSEM QUE ISTO É UMA ALDEIA ESPANHOLA...
É já a seguir
Mais uma assinatura
não podemos ficar de braços cruzados a lamentar-nos porque ninguém nos houve!é hora de agir e mostrar que a lingua portuguesa é grandiosa
é uma vergonha!!!
A 6ª lingua + falada - The 6th language of the world
Somos a quinta língua mais falada no mundo, acho que disse tudo
Como sétima lingua mais falada no mundo, merece algum tratamento especial.Além do mais comunidades nos quatro cantos do mundo que falam português merecem-no.
400 million people
a quarta lingua mais falada no mundo
200.000 DE PESSOAS!
A lingua portuguesa é um tesouro e um Imperio
Nao podemos esquecer que em Macau tambem se fala em Portugues.(We cannot forget that in Macau also the portuguese language is spoken.)
Finalmente um Português fez algo em prol da defesa e interesses de todos aqueles que falam Português. Parabéns a todos!
A globalização significa plurilinguagem e o fotrebol é global
Caros Senhores, concordo em pleno com esta petição, não só pelas razões apontadas, mas também porque se trata da língua falada pelas selecções campeã mundial e vice-campeã da Europa, respectivamente. É de ter em conta! Com os mais sinceros cumprimentos.
Portugal e o Futebol Clube do Porto sao os maiores!!!!
Bitte fügen sie die portugiesische Sprache der FIFA Site hinzu!
METAM ESTA MERDA EM PORTUGÊS! TEMOS 1 CHAMPIONS, 1 UEFA, 1 FINAL DA UEFA, 1 INTERCONTINETAL E 1 FINAL DE UM EURO! NÃO É SUFICIENTE? CUREM-SE! SOMOS O PAÍS MAIS GANHADOR!
Português já......ou faço uma beiça!
21.10.05
Governo recua nas medidas anunciadas a militares e forças de segurança
A pergunta é esta: se o faz, reconhecendo a especificidade das suas funções, por que não podem os professores reformar-se aos 60 anos?
A partir de agora, vou tentar saber das especificidades dos militares: a manter-se a reforma aos 60 anos, pode inferir-se que nada fazer e passar os dias nos buffets a beber cerveja é stressante e condiciona uma velhice com qualidade de vida?
Parabéns, Mãe!
A mãe e o filho Esta é uma formação rochosa na beira de um lago na Birmânia. Esta foto só é possível em um determinado período do ano, devido à luminosidade pela inclinação do sol. Para conseguir melhor efeito incline a cabeça para a esquerda até ver o reflexo da imagem juntar-se à própria imagem ou rode a foto para a direita.
Foto enviada por e-mail pela Dulce Paula. Obrigado!
The Printer's Error - Aaron Fogel
Aaron Fogel
Fellow compositors
and pressworkers!
I, Chief Printer
Frank Steinman,
having worked fifty-
seven years at my trade,
and served five years
as president
of the Holliston
Printer's Council,
being of sound mind
though near death,
leave this testimonial
concerning the nature
of printers' errors.
First: I hold that all books
and all printed
matter have
errors, obvious or no,
and that these are their
most significant moments,
not to be tampered with
by the vanity and folly
of ignorant, academic
textual editors.
Second: I hold that there are
three types of errors, in ascending
order of importance:
One: chance errors
of the printer's trembling hand
not to be corrected incautiously
by foolish professors
and other such rabblebe
cause trembling is part
of divine creation itself.
Two: silent, cool sabotage
by the printer,
the manual laborer
whose protests
have at times taken this
historical form,
covert interferences
not to be corrected
censoriously by the hand
of the second and far
more ignorant saboteur,
the textual editor.
Three: errors
from the touch of God,
divine and often
obscure corrections
of whole books by
nearly unnoticed changes
of single letters
sometimes meaningful but
about which the less said
by preemptive commentary
the better.
Third: I hold that all three
sorts of error,
errors by chance,
errors by workers' protest,
and errors by
God's touch,
are in practice the
same and indistinguishable.
Therefore I,
Frank Steinman,
typographer
for thirty-seven years,
and cooperative Master
of the Holliston Guild
eight years,
being of sound mind and body
though near death
urge the abolition
of all editorial work
whatsoever
and manumission
from all textual editing
to leave what was
as it was, and
as it became,
except insofar as editing
is itself an error, and
therefore also divine.
from The Printer's Error, 2001Miami University Press, Oxford, Ohio
Condicionamentos
Ao passar os olhos por blogs comunistas, dei com esta citação de Noam Chomsky no Combate. "A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, mas estimular muito intensamente o debate dentro daquele espectro...Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate". À consideração das criaturas entediantes da quadratura do círculo, dos fazedores de opinião e dos liberais aqui do lado. As pessoas de bem há muito que disto sabiam. |
20.10.05
O que querem, afinal, os professores?
Começa a ser já uma ideia desgraçada atacar a classe docente, sem conhecimento de causa, o que é, clara e manifestamente uma postura generalizada.
Vejamos: na dita carta, o senhor João do Porto diz que em países estrangeiros o acesso à carreira é restrito; não diz é que países são. Depois, ou antes, escrevo de memória, diz que nos países europeus se trabalha 40 horas semanais; não diz é que países são; também se refere a reformas avultadas; de quem, sr. João? Insiste, de modo grosseiro, nas regalias e acentua a incompetência da generalidade, senão mesmo toda a classe docente. Pelo meio ainda nos insulta, dizendo que nos países europeus há exames que comprovem a sanidade mental e apuro físico! Termina com uma pergunta retórica, aquela que titula o post.
Eu respondo-lhe:
1) Queremos, desde a faculdade, professores capazes e responsáveis, quer cientifica quer pedagogicamente;
2) Aquando da profissionalização, queremos orientadores de estágio com mais de 40 anos de idade, responsáveis, com atestada sanidade mental, perfeita e completamente integrados na sociedade e que tenham feito estágio integrado igual ou equivalente ao que orientam;
3) Ainda durante a profissionalização, que os metodólogos tenham leccionado numa escola pública pelo menos até cinco anos à data da avaliação dos estagiários;
4) Do governo, espera-se que sejam capazes de promover programas pertinentes à sociedade que os acolhe, prevendo, nesses mesmos programas, abertura suficiente para prever e promover divergências regionais;
5) Que tratem os profissionais da educação como detentores de curso superior que têm e lhes reconheçam o direito a ser-lhes criada uma ordem profissional;
6) Que dotem as escolas de condições mínimas de segurança e higiene, para professores e alunos;
7) Que dotem as escolas com materias didácticos mínimos, nomeadamente nas ciências exactas com laboratórios apetrechados e gabinetes de fonética para as línguas;
8) Que permitam que as escolas possam afrontar as bibliotecas municipais;
9) Que nos concursos permitam uma aproximação mais rápida da área de residência (os professores não são ermitas);
10) Que para aqueles que leccionam longe de casa e da família lhes sejam dados benefícios sociais - tal como existem para os médicos: habitação a baixo preço, subsídios de deslocação, possibilidade de os filhos entrarem directamente para a faculdade onde os pais leccionam, etc.;
Pela Língua Portuguesa na FIFA
ME tem 512 buracos negros de insucesso
Começa a ser um enorme disparate, se não fosse de uma gravidade inusitada, as razões da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, para justificar o injustificável. Encerrar 512 escolas alegando serem «buracos negros do insucesso», sem mais nada que o justifique, desde razões sociológicas, pedagógicas, passando pelo reordenamento do parque escolar, é insensato e insultuoso para os profissionais da educação que diariamente ali trabalham e uma enorme agressão aos contribuintes. Insistir na asneira e gritar de manso que o ME tem uma verba de 77, 5 milhões de € para aplicar na construção de novas escolas e também na conservação de outras (plano de requalificação da rede escolar) é subverter a obrigação pelo favor que parece fazer-nos, é confundir a educação do país com cortes orçamentais e apertos financeiros de que o ensino neste país, se quiser realmente cidadãos preparados, competentes e competitivos para o futuro próximo, não pode compadecer-se. |
Salve, Aníbal Cavaco Silva
Foi com enorme satisfação que recebi a confirmação de que o antigo Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva será candidato à Presidência da República. Maior agrado ainda por Portugal ter desde final da Revolução de Abril um Presidente da República primo da Direita portuguesa. Devemos rejubilar com o facto. Saliente-se ainda a elegância e sobriedade com que se pronunciou sobre o potencial uso dos poderes presidenciais; sobre a dissolução da AR, anunciou que só "em condições muito extraordinárias", para além de ter salientado que a "magistratura de influência" poder ser feita de outro modo (junto do Governo). Cavaco Silva é arrogante e vaidoso, é certo. O facto de ter pedido a suspensão de militante do PSD é pura e inerte demagogia. No entanto, perante o triste elenco que já avançou, deve escolher-se o mal menor e deve acreditar-se que, depois de exercer a tal "magistratura de influência" e disso nada resultar, como se prevê, ou seja, que o Governo governe bem e deixe de roubar a classe média, dissolva a assembleia e demita, obviamente, o governo. Nós por cá estamos cansados de incompetentes. Perante isto, que Cavaco ganhe e meta o governo na ordem. P.S.: Desconheço se o senhor PM assistiu ou teve conhecimento da manifestação em frente à AR, por quase todo o funcionalismo público (e não só). |
19.10.05
Educação Ferroviária
(De acordo com o autor da foto, Pedro Costa, da série 9600 vendida aos Camarões não ficou nenhuma para o museu... entretanto, o mesmo autor tem clichés muito bons no fotopic, fazer favor de ir lá ver - principalmente os do Douro e da viagem de Espanha até Barca d'Alva.)
Foto gentilmente cedida por Pedro Costa
D. Pedro e Inês de Castro
O episódio "trágico", terminado (?) com a morte da espanhola Inês às mãos dos carrascos de D. Duarte IV, POR RAZÕES DE ESTADO, extrapolou da mera relação física, com a qual nada temos a ver, entre um esquizofrénico de nome Pedro, futuro rei de Portugal, e uma rameira e espia de nome Inês. Nada de especial nem nada que não se tenha lido sobre a época.
Sempre que ensino o epidsódio, desmistifico essa tendência romântica e redutora junto dos meus alunos e trato é de ir à literariedade das poesias de Camões e Garcia de Resende ou à Carta de Anrique da Mota (ou à contemporaneidade de Herberto Hélder, por exemplo).
Perguntei à colega se sabia isso mesmo, da esquizofrenia de Pedro e das verdadeiras motivações de Inês; ficou chocada, é provável que não me dirija mais a palavra. Então berrei: e Dona Constança? Não faz mal ser traída ou sofrer de amor?
Pode ser interessante ver a série agora em exibição; o que não é interessante nem é uma postura inteligente é tomar a lenda por questões factuais. Eis uma boa oportunidade para elucidar os nossos distraídos alunos...
17.10.05
16.10.05
tixing inglish
Estranha-se a denúncia, pois a mobilidade europeia no/do trabalho também passa pela educação. O que também se estranha é o recrutamento de bacharéis em detrimento de licenciados desempregados, que até nem se importavam de trabalhar de graça, desde que isso implicasse contagem de tempo de serviço...
O senhor dragão é um morcão
Apesar da campanha de terror encetada por aquele senhor desde há anos, apesar dos campeonatos ganhos de forma dúbia ao longo dos anos, apesar dos vidros partidos a casas do Benfica no Norte, apesar dos insultos e vidros partidos à camioneta, apesar das ofensas à integridade física dos nossos desportistas e simpatizantes - estamos num país de direito -, apesar de todas as semanas o senhor MST defender o fcp (não é grave que o faça, é grave que lhe paguem para o fazer), apesar da promiscuidade dos dirigentes do fcp em misturar política com futebol, apesar de manietaram os energúmenos com argumentos populistas, demagógicos e vãos para defenderem a sua imbecilidade, apesar de misturarem regionalização com desporto, eleições autárquicas com futebol - o senhor Pinto da Costa perdeu as últimas, as de há uma semana -, apesar de misturarem deliberadamente para sustentação da sua medíocre importância cerimónias fúnebres com futebol (inqualificável a equipa do fcp em traje desportivo no funeral da mãe do senhor Pinto da Costa!), apesar dos assaltos da claque sempre que o fcp se desloca a campo alheio, apesar da vandalização de autocarros e comboios, apesar dos blogs liberais, rosas e azuis não reconhecerem a superioridade do Benfica no jogo de ontem, apesar do site do fcp falar em jogadas avulsas quando o SLB foi superior, dominou mais e criou mais jogadas de potencial golo - o fcp apenas teve uma ao longo de todo o jogo -, apesar do ataque à casa do Benfica em Gaia com cal viva, pedras e outros mimos susceptíveis de ferir ou matar (estavam crianças a comemorar a vitória!) e apesar da generalidade da comunicação social não falr disso hoje, o Benfica ganhou porque tem melhor equipa, porque jogou melhor e porque tem simpatizantes e/ou sócios mais esclarecidos, sóbrios e educados (não estão atascados em 4 paredes, nem praticam idolatria; gostam de futebol e é tudo).
O propósito deste post nem é sequer falar de futebol ou do que ontem se passou. O propósito deste post é perguntar à Excelentíssima Direcção do fcp se já enviou por fax para o Conselho de Disciplina, com as respectivas provas documentais, o pedido de irradiação de toda a prática desportiva do (futuro ex-) futebolista Bruno Vale.
Obrigado!
13.10.05
Caligrafia do Olhar
Sorriso moreno, cabelo escuro comprido - duma sensualidade muito rara -, olhos amendoados e mimalhos, lábios férteis, dentes correctos, mãos de veludo com unhas geometricamente tratadas, pele de tarde de Verão, voz de vento animador, gestos exactos envolventes, postura delicada e distraída. Há um ano. Saiu do café, fitou-de, olhou-me a chorar compulsivamente. Saiu em espasmos. Fui atrás dela, mas não a alcancei. Soube do que se passava. Iria naquela tarde ser operada. Perdi uma entrevista para uma turma numa escola. Comprei-lhe um livro. Dei-lho o título Caligrafia do Olhar. Fui ter com uma amiga e pedi em soluços, sou tímido, que lho fizesse chegar. Há um ano. Reapareceu em Dezembro. Boa-Tarde! Desde aí é sempre boa-tarde. E ganhei uma amiga. E ela deixa-me que os nossos olhos se seduzam. Vivo melhor, vivo cumplicamente em segredo. Há um ano, todos os anos. |
Não admito, parte 2 - Au Secours
Voltemos às galinhas. Ontem, dirigi-me à directora de turma para lhe dar conhecimento de que provavelmente a turma iria queixar-se e, explicando-lhe que a frase fazia parte do meu discurso pedagógico, criava empatia, tinha um registo de linguagem familiar, etc, a senhora disse-me pausadamente e acenando a cabeça como um burro que já tinha sido feita. Não liguei na altura, mas depois pensei nisto: não era uma queixa oral, mas sim uma participação por escrito. Ora, como será pouco provável que a turma, com tão pouco tempo decorrido e com tão manifestas limitações intelectuais, se tenha reunido numa sala ou noutro sítio qualquer para redigir o texto, assiná-lo e entregá-lo a queixar-se de "insultos". Como é óbvio, foram manietadas e instrumentalizadas pela dita senhora, com que propósito não sei, embora estranhe, pois dava-me bem com ela, falavamos frequentemente sobre a turma em questão. Sei como resolver a questão, porém, se alguém me quiser propor alguma sugestão que me permita sair enobrecido, o que agradeço, por favor use o e-mail. Obrigado. |
11.10.05
Não admito!
Entre as várias formas de pedir silêncio aos discentes, há uma que já se tornou um hábito: calem-se as galinhas! Poderá não ser ortodoxo, admito, mas é uma forma de discurso pedagógico, eminentemente criadora de empatia na sala de aula e semanticamente carinhosa (até). Desde há anos que a utilizo e nunca nenhum aluno a contestou, pelo contrário acham graça e nunca nenhum se sentiu ofendido ou humilhado (é sempre utilizada, a expressão, em abstracto). Hoje, quando me preparava para sumariar e dar conta da matéria seguinte, eis que uma aluna, refilona, petulante e arrogante, me diz que não admitia ser assim chamada - a conversa nem era consigo -, porque estavamos numa escola, tinha que haver respeito pelos alunos. À própria e aos restantes expliquei o que acima está transcrito e disse o que penso: que quem menos vale e quem menos tem é quem mais exige; é quem mais direitos quer e menos deveres se propõe a cumprir. Não contente, a aluna disse que ia participar de mim. E eu lá lhe disse que, depois de a ouvir expressar-se em Português, era melhor dar-me a participação para lhe corrigir os erros ortográficos, de concordância, etc, que os terá certamente. Amanhã, decidi não os tratar por tu - bem sei que vou estar numa sala de aula - e decidi fazer uma oral à aluna sobre a matéria dada desde o início do ano: França Geográfica (forma geométrica, países fronteiriços, planaltos e montanhas, rios) e cultural (divisão administrativa e natural, Dom-Tom), francofonia (países onde se fala francês como primeira e/ou segunda língua), alfabeto (com incidência para /e/, /g/, /h/, /j/, /k/, /w/, /y/, /z/), sons estudados em estruturas performativas (oi, ei, ai, ou, eau, in, eur, an, u, un), dias da semana e meses do ano. Afinal, vamos estar numa escola, não é? Ou não? Ah, se sobrar tempo, termino a depenagem da galinha, perdão, a oral pelo pedido de apresentação com prénom, nom, âge e nacionalité (com utilização dos verbos être e avoir). Ufa! Estou cansado só com a planificação... |
Remendos no insucesso escolar
Mais remendos Por Anónimo, Porto como vão os alunos ter tempo para as aulas de recuperação? um aluno do 7º ano ,por exemplo , tem por semana 18 bocos de aulas, de 90 minutos cada um, o que dá tempo útil lectivo 27 horas por semana. Contem o tempo de intervalos, a hora do almoço e o tempo necessários de transporte e digam-me lá onde vão encaixar o tempo para recuperação! Terão que passar 8 ou mais horas na escola! Inventam disciplinas no Curriculo não disciplinares, o que na pratica resume-se a quase nada! É o que vai acontecer com estas aulas de recuperação! Já tem Estudo Acompanhado , Área e Projecto ,em príncipio para desenvolver determinadas competências ! Resultados? Nenhuns! Em vez de fazerem perder tempo que haja mais horas a Português e Matemática, no horário lectivo dos alunos em vez de andarem a tapar o sol com a peneira. Está tudo desadequado. Muitas horas na escola a serem queimadas, Curriculos desajustados, horários desajustados aos alunos ( ajustados aos professores) ! Assim não vão lá! (In Público on-line) A notícia avançada hoje em toda a comunicação social, de que este link é só um exemplo, merece alguns aplausos, ainda assim merece alguns. De facto, através do secretário de estado para a Educação, Valter Lemos, começa, espero, a assistir-se a um plano para Educação do nosso país. O plano de recuperação, que, sejamos justos, já existe em inúmeras escolas, tem cabimento e é pertinente; espera-se não se ir agora para as reuniões de avaliação de consciência pesada e dizer "vamos lá ver se o Manuel, que tem 6 negativas, passa de ano". Cinismo à parte, ressalve-se uma medida concreta e objectiva para debelar o malfadado insucesso escolar. Infelizmente, populismo a quanto obrigas, a medida será implementada no segundo período, o que, convenhamos, poderá ser factor de perturbação do normal funcionamento das aulas. Para além disso, não consta que as escolas durante este primeiro período venham a ser mais bem equipadas. Também se desconhece como se articulará o trabalho docente diário com a substituição de aulas por colegas faltosos ou se, caso venham a existir horas extraordinárias de que forma serão pagas; desconhece-se, finalmente, se os apoios educativos desaparecerão e de que forma se poderão compatibilizar os horários dos alunos. Estou em crer que o ME quer mais trabalho burocrático por parte dos CE. A criação de cursos, mais ainda, profissionalizantes ou profissionais deve também merecer reparo positivo. Não entendo muito bem como é que as associações sindicais se pronunciam favoravelmente sobre estas medidas, para logo a seguir falarem em motivação dos professores, para o bomm desempenho dessas medidas - sendo certas as suas reivindicações, dá a impressão à opinião pública que a classe docente trabalha apenas com o pensamento no vil metal e não por vocação e gosto (de outra forma, milhares já teriam mudado de profissão). Entendo perfeitamente os pais que aplaudem estas medidas, pois para si são menos horas de encargos e trabalhos com os meninos (habituados que estão a que a escola seja o depósito onde despejam os filhos de manhã e os vão buscar à tarde). Entendo, por fim, que o timming do ME lança a confusão e a suspeição sobre a nossa classe, pois preparamo-nos, uma vez mais, para fazer greve contra as outras medidas que não têm solução à vista, ou simplesmente são um verdadeiro atentado à dignidade profissional, social e pessoal. |
10.10.05
Portugal: l'opposition remporte les municipales
Douro: o futuro não pode esperar mais
O Douro, o seu vale protegido, e a sua região vão estar novamente na berlinda. Há um manifesto a ser apresentado, oportunamente deixadas para trás as eleições autárquicas, e discutido. Através do jornal on-line Lamego Hoje, vai-se directamente ao texto do manifesto. Um documento bem redigido, capaz na articulação textual e argumental e rijo na sobriedade das descrições da região, culturais e económicas, necessidades, virtudes e exigências dos seus habitantes e não só.
40 anos de Telescola
A notícia está aqui, e a história oficial, digamos assim, por aqui.
Um exemplo pedagógico/didáctico de sucesso a merecer reflexão.
Crash Democrático
O Partido socialista, dizem os especialistas da opinião publicada, perdeu ontem as eleições. Perdeu? Pois perdeu. Infelizmente, a turba confunde má governação central, atentatória dos mais elementares direitos cívicos, com governação local; bem sei que os candidatos do PS têm o beneplácito do Largo do Rato, mas perde o País quando se quer protestar, desprezando os programas eleitorais dos proponentes locais. Acredito, até, que excelentes autarcas socialistas tenham "ficado pelo caminho", pagando um preço pelo qual não deveriam. Da mesma forma, autarcas de qualidade dúbia ou nenhuma do PSD (coligados ou sozinhos) subiram ao poder, pelos mesmíssimos motivos.Na noite de ontem, estarreceu-se com a manutenção dos "candidatos bandidos"; argumentou-se com sentimentos de pertença, desafio ao poder central e poder partidário, arrufos de fanfarrões, demérito da justiça, falhanço da justiça, etc. A pergunta é óbvia: por que não se poderiam candidatar, mesmo estando sob alçada judicial/judiciária? Claro que podem. A democracia local já passa por listas independentes (grupos de cidadãos) - o que deveria ter sido sempre assim, para além das juntas de freguesia -, e compreende-se como isso pode incomodar as estruturas partidárias; de uma vez por todas, não é a democracia que está em causa, nunca esteve, é a própria sobrevivência partidária que se começa a adivinhar ondulante e frágil. Conviria que a Comunicação Social não alinhasse com este tipo de inversão de valores e não os propagasse mais cinicamente. (Foi muito triste a forma como a generalidade da Comunicação Social se deixou enredar pelo marketing político e não se atreveu, muito raramente o fez, a questionar, perguntar, forçar os paradoxos, pedir esclarecimentos; também é triste a forma como Ricardo Costa, Miguel Sousa Tavares e Pacheco Pereira se comportaram: o primeiro, sempre com picardias aos convidados, a tentar disfarçar o indisfarçável, a defender o indefensável; o segundo, uma vez mais, a misturar assuntos sérios com futebol...ah! e sim, por esse prisma, Pinto da Costa foi um perdedor imenso; o terceiro, comentava, actualizava o blog, enfim, é um pouco como ir ao estádio e ouvir a narração do jogo de futebol pela telefonia.) Francisco Louçã já não consegue esconder a criatura vil e mesquinha que é e sempre foi: do PSR, que defende teorias anti-humanitárias e humanistas, burguês assumido, democrata debutante, arrogante e senhor de uma razão única e inalterável, detentor de uma moral e ética anteriores ao Estado-Novo, ideologicamente apátrida, bateu-se contra os "autarcas bandidos", quando ele próprio, ou a sua coligação radical, tinha dois candidatos, da mesma índole. Ainda em campanha, quando inquirido por um polular sobre a defesa do aborto, "o senhor quer matar crianças...", respondeu com um "o senhor não me levante a voz!" E está tudo dito. Ou melhor, até nem está tudo dito, mas estes são apenas alguns exemplos do crash democrático. Poderia a seguir dar o exemplo de Valentim Loureiro; sendo certo que ganhou a câmara de Gondomar, o "aprendiz" ganhou 149 (132+17)...Custou-me sobretudo na noite de ontem, ver ser discutido o acessório e não o essencial. A saber: o que vai mudar, quer com a continuação dos mesmos autarcas, quer com novas equipas camarárias, nos concelhos portugueses. Há algum pacto a levar a efeito contra a corrupção nas câmaras, há ou vai haver afastamento do poder local e do poder, conspurcado, do futebol, há ou haverá nojo nas relações com empreiteiros, já há ou vai haver ordenamento do território? Estas são algumas questões que não vi serem respondidas. Assim como assim, poder-se-ia ter levado para debate a formação das assembleias municipais; tome-se o exemplo de França, onde o vencedor governa a totalidade do seu mandato sem estar refém da oposição, embora esta exista e seja activa. Estas seriam/são as questões a debater. Infelizmente, o marketing político, com a benevolência e incomptência da comunicação social, traz a lume nomes e poucos projectos. Quando se fala em projectos, segui com atenção o "debate" no meu concelho, geralmente é para se afirmar que se pára tudo, o que é demonstrativo de uma grande irresponsabilidade, pois nem "tudo" o que foi feito pelo anterior executivo é mau. Convenhamos e falemos de falta de honestidade intelectual. É também pela sublimação dos números das estatísticas e não dos valores que se pode avaliar o crash democrático; é ainda, quanto ao CDS/PP, que obteve apenas uma câmara, anunciar a sua morte, quando concorreu coligado com o PSD para câmaras e juntas. Há ainda um último dado: grosseiramente, a abstenção diminuiu 3%, o que não deixa de ser um dado curioso.Mas enfim, no cômputo geral, "o meu partido tem mais câmaras que o teu", independentemente dos benefícios ou prejuízos que daí possam advir.Afinal, quem ganhou e quem perdeu? P.S.: A conquista por parte do PCP da autarquia do Barreiro pode ser sintoma de que a facção mais radical do PS começa a desagregar-se. Mas disso também não se falou. |
Recebido por e-mail
STAPE ou o choque tecnológico nas autárquicas 2005
Vergonhosa a saída de cena de Carrilho; vergonhosa a eleição de Fátima Felgueiras e o seu discurso; vergonhoso o palavreado de Avelino Ferreira Torres; vergonhosas as palavras de MST; vergonhosa a posição de Pinto da Costa (antes da votação); VERGONHOSA a postura e discurso de Francisco Louçã. Portugal voltou a mostrar o seu melhor.
Ainda tentei não ir votar, mas...
9.10.05
Interview à Pauleta
7.10.05
Modelos pedagógicos desde 1970
Ensino cooperativo
Ensino individualizado
Programação neuro-linguística
Actualização do potencial intelectual
Terapia da realidade
Gestão mental
Gestão de turma participativa
Novas tecnologias de informação e comunicação
5.10.05
Abrenúncio!
Das notícias (de ontem e de hoje) II
Das notícias (de ontem e de hoje)
2) O Presidente da República ao não ter comemorado o dia da República na Câmara Municipal de Lisboa, sob a defesa de que não se queria intrometer em questões autárquicas (?), mais não fez do que o seu contrário: deixou que emergisse a mais vil hipocrisia - Carrilho a cumprimentar efusivamente o fututro vencedor da Câmara da capital, atraindo a si as câmaras televisivas (infelizmente, a comunicação social preocupa-se apenas com o aparato e não com a essência; têm que ser os jornalistas a decidir o que querem cobrir, não correr atrás de um candidato só porque este quer limpar a sua imagem) -, e a mais gritante falta de valores éticos, morais e, por que não?, republicanos.
3) O Primeiro-Ministro, confrontado com a contestação social generalizada, disse estar à espera de mais (!); a resposta arrogante, obstinada, prepotente e cínica era esperada. Não se esperaria que dissesse, ou reconhecesse, que as pessoas têm direito a manifestar-se e a fazer greve, depois de termos assistido à negação continuada desse direito.
4) O melhor da campanha autárquica: Maria José Nogueira Pinto em viagem de Lisboa até à Ota; 1h10mn de viagem por 40€. Continua-se à espera dos estudos de impacto ambiental e viabilidade económica, acessibilidades, etc.
O pior da campanha autárquica: Francisco Louçã no combate aos "bandidos" quando ele próprio tem como candidato Teodósio Alcobia, condenado no processo FUP/FP 25 de Abril (notícia via Blasfémias) à junta de freguesia de Agualva, Sintra.
5) O endividamento português não pára de aumentar? Exija-se o pagamento imediato da dívida angolala (o boeing de José Eduardo dos Santos até podia ser entregue à TAP para renovação da frota) e moçambicana.
6) O sumaríssimo instaurado pelaComissão da Liga de Futebol a Petit é o reflexo do incómodo que o Benfica provoca nos seus mais directos adversários, com o FCP à cabeça. O desatino e a ousadia é tanta que se pune o jogador antes de um Porto-Benfica, incendiando desde já o jogo e desviando as atenções do que é realmente importante: a competição desportiva. Petit cometeu falta e devia ter sido sancionado; o adversário, um tal de Targino, deveria ser irradiado da prática desportiva, por ter agido às margens do bom-senso e ética desportiva, contra Petit e Ricardo Rocha. (A diferença é que Petit, já sem força nas pernas, jogou no limite do aceitável para impedir que o adversário prosseguisse a jogada; aceitou a falta, ouviu a repreensão do árbitro e desinteressou-se da jogada. O adversário, depois de uma falta medianamente grave o pisou. É próprio dos covardes agirem assim.)
O jogador do Marítimo deveria receber uma condecoração por ter escarrado em Ricardo Costa, do FCP, o que até foi pouco, depois daquele jogador do Norte ter passado o tempo todo com picardias, insultos e provocações; não há homem que aguente tanto em tão pouco tempo. Mas disso, os jornais nada falam, manietados certamente, nem se apercebem do excelente pupilo que Ricardo Costa é, nem do mestre que o formou, um tal de Jorge Costa. Escandalosa a forma como o Marítimo foi "roubado", mas a isso já vamos estando habituados.
4.10.05
Phonetique française
Apelo urgente à manifestação na baixa do Porto
2.10.05
Sobre a Cultura Norte-Americana, por Jorge de Sena
Este pequeno excerto serve apenas para aguçar o apetite; creio que, mesmo se redigido em 1968, há 37 anos, se mantém actual e aguçado. Para além disso, tem a virtude maior de contemplar a mais-valia do sistema universitário americano, por contraste com outros países. O Mito também passa pela literatura e pela arte da época. Vale a pena ler e reflectir.
(...) A América foi um mito criado pelas frustrações do liberalismo europeu, muito mais do que pelos próprios Founding Fathers, com a enorme importância que tiveram em diversos aspectos desse liberalismo. Antes disso, era a vasta expansão de um Novo Mundo - a visão do Paraíso. Depois disso, foi a realização pessoal, do triunfo pelos próprios méritos. E agora, é o Império Romano (sob a égide de cujas origens numa República Aristocrática e Senatorial os fundadores da Independência norte-americana a si mesmos se viram e talharam no momento culminante do seu poderio, que foi também o início da sua decadência. Mas estas comparações à Spengler ou à Toynbee não devemos nunca levá-las muito longe, sobretudo hoje, quando o mundo moderno na sua vasta e complexa interdependência (e as interdependências que a História e a sua Filosofia longamente não viram no passado existiram, e não é culpa delas a ignorância das generalizações históricas) nos ensina que uma crise pode ser uma transformação saudável, e não necessariamente uma marcha cega para o abismo. Que o mito americano (Visão do Paraíso, méritocracia, refúgio de todos os povos e de todos os exilados, etc.), atingiu o seu ponto de reversão crítica - isso é um facto já da vida quotidiana na América do Norte. Que a américa está à beira do abismo (em que ninguém sensato, neste mundo, com a União Soviética à frente, poderá desejar que ela caia, porque arrastaria o mundo consigo, impossibilitando mesmo os sonhos de transformação social dos anti-americanos de profissão ideológica), provavelmente os americanos o sabem instintivamente, ou conscientemente, melhor do que ninguém. O perigo está, momentaneamente, na reacção violenta, que o Mito Americano pode impor a si mesmo para sobreviver-se apenas formalmente. Nunca nenhum mito civilizacional desabou de bom grado; e a grande massa mediana que faz dele, quotidianamente, a sua compensação contra a inanidade vácua da vida nunca historicamente aceitou com racional serenidade tal desabamento, a menos que algo de novo lhe seja prometido. Realmente, na queda do Império Romano (que é bom não esquecer que sobreviveu gloriosamente mil anos em Bizâncio), as massas tiverama esplêndida novidade de se entregarem fanaticamente ao cristianismo em expansão. Na crise actual do mundo moderno (de que a dos Estados Unidos é um aspecto particular, ainda que extremamente decisivo), parece que não apareceu ainda um fenómeno equivalente, superante da divisão de áreas que já nenhuma está imune ao mesmo vento de anarquismo social e moral que sopra por toda a parte. A questão está em saber-se se estamos no limiar de uma Nova Era, uma Idade de Ouro, etc., ou se, ao voltar da esquina, nos não aguarda, nunca vista, e com requintes de ficção científica que tornarão a Inquisição uma instituição liberal, uma Contra-Reforma gigantesca, electrónica, computadorizada, como George Orwell anunciava para 1984. (...)
Nota: a ortografia foi actualizada, pode haver, no entanto, discrepâncias, pois nunca releio os textos.
Jorge de Sena in
1.10.05
Regalias diminuídas a advogados e solicitadores
Pires de Lima e o frete ao PS
3000 empregos na área tecnológica
Premeia-se a medida e espera-se rapidamente que outras áreas possam absorver os milhares de licenciados desempregados.